Justiça do Trabalho condena Vale a pagar R$ 1 milhão por cada funcionário morto em Brumadinho
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Em 25 de janeiro de 2019, acontecia o trágico acontecimento em Brumadinho, que resultou na morte de 270 pessoas, muitas ainda desaparecidas. O rompimento da barragem B1 ainda causou problemas ambientais graves, que tornaram o uso de parte da água do rio Paraopeba inviável.
Na última quarta-feira, 9, a juíza Vivianne Celia Ferreira Ramos Correa, titular da 5ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), tomou a decisão de condenar a mineradora Vale a pagar indenização de R$ 1 milhão por danos morais para familiares de pessoas mortas durante a tragédia.
Segundo a juíza, há uma culpa de "grau gravíssimo" da Vale. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração de Ferro e Metais Básicos de Brumadinho e Região informou também que 131 famílias dos trabalhadores mortos deverão ser beneficiadas pela ação. Eles estavam diretamente ligados à empresa em questão.
Correa definiu: “Considerado na natureza do bem ofendido e que o dano-morte decorre da própria ofensa, é impertinente pesquisa envolvendo intensidade do sofrimento ou da humilhação, possibilidade de superação física ou psicológica, os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão, a extensão e a duração dos efeitos da ofensa, as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral, ocorrência de retratação espontânea, o esforço efetivo para minimizar a ofensa e o perdão, tácito ou expresso e o grau de publicidade da ofensa. A culpa é em grau gravíssimo”.
Como repercutiu o G1, a Vale informou à TV Globo que é "é sensível à situação dos atingidos pelo rompimento da barragem B1 e, por esse motivo, vem realizando acordos com os familiares dos trabalhadores vítimas desde 2019, a fim de garantir uma reparação rápida e integral".