Manifestantes antivacina usam símbolo nazista em protestos contra governo francês
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Os últimos protestos que ocorreram na França, na quarta-feira, 14, e no sábado, 17, chocaram o país. As manifestações foram organizadas para reclamar sobre a obrigatoriedade do passaporte sanitário, uma medida imposta por autoridades para incentivar a vacinação e controlar a pandemia do coronavírus.
Muitos se revoltaram contra a medida e foram às ruas para mostrar tal indignação. O que ninguém esperava era um símbolo em particular usado pelos manifestantes. Trata-se da estrela de Davi amarela, que era usada pelos nazistas como discriminação contra os judeus na Segunda Guerra.
Entre diversas pessoas ofendidas, estava Joseph Szwarc, de 94 anos, um dos sobreviventes do Velódromo de Paris, local onde milhares de judeus foram reunidos para então serem deportados para a Alemanha, em 1942.
Szwarc denunciou para as autoridades a referência feita pelos manifestantes antivacina. No entanto, o símbolo não foi o único paralelo nazista nos protestos. Cartazes com a frase "o passaporte sanitário liberta", lembrou a frase que existia na entrada de Auschwitz: “o trabalho liberta”.
Segundo o jornal Libération, a Liga Internacional Contra o Racismo e o Antissemitismo (Licra) condenou a presença da estrela amarela de Davi, afirmando que os manifestantes “desprezaram assim as vítimas do holocausto e contribuíram com o negacionismo”.