Na Hungria, escolas passam por um processo de 'recristianização'
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Em 2010, o primeiro-ministro nacionalista Viktor Orban retornou ao poder na Hungria e, com isso, decidiu que iria enaltecer a identidade cristã do país, que fora suprimida pelos comunistas. Agora, como medida da chamada "revolução conservadora", as escolas húngaras estão sendo cada vez mais submetidas à autoridade eclesial, segundo o UOL.
Com a volta das aulas no país, alunos de instituições como a escola Ferenc Liszt se surpreenderam ao descobrir que começariam seus dias letivos em uma igreja. A medida, incentivada pelo governo, faz parte da "recristianização” da educação húngara.
Tal processo em Ferenc Liszt foi acompanhado pela AFP. Em entrevista à agência de notícias, inclusive, a diretora da instituição, Andrea Magyar, afirmou que o colégio “passou a estar sob a direção das freiras dominicanas em setembro de 2020".
Segundo a responsável, a transferência do controle da escola para a igreja foi aprovada pelos pais dos alunos, através de uma votação. Nesse sentido, eles estariam “muito satisfeitos” com as mudanças, ainda mais considerando que, ainda de acordo com Magyar, o currículo de aulas das crianças “não mudou” com a decisão.
Nesse sentido, a diretora insiste que, apesar das salas de aula estarem adornadas com cruzes e os horários dos alunos serem marcados por orações e classes de catecismo, nenhuma das mudanças é obrigatória. Por isso ela acredita que existem “relações menos burocráticas e mais calorosas” com a diocese do que com a autoridade educacional.