Seringa, caneta e uma chave: a insana tentativa de fuga da prisão de Richard Ramirez
Aventuras Na História
Desde o lançamento da série documental “Night Stalker: Tortura e Terror” no início de janeiro, que fala a respeito do serial killer Richard Ramirez, a vida do assassino e os horrores cometidos por ele voltaram a chamar atenção.
Ramirez tinha 25 anos de idade quando começou a matar e estuprar. Era então o ano de 1985, e o criminoso não se mostrou muito preocupado em ser cauteloso: em vez disso, iniciou um ritmo frenético de ataques, totalizando 18 apenas entre junho e agosto, quando finalmente foi capturado.
Esse período, embora curto, foi suficiente para a cidade de Los Angeles, onde Richard morava, perceber que estava lidando com um serial killer - e logo os noticiários passaram a chamá-lo de “Perseguidor Noturno”.
O apelido foi principalmente inspirado por seu método de ataque, que consistia em arrombar casas durante a noite, cometer estupros e assassinatos, e levar objetos de valor consigo na saída da cena do crime.
Os delitos do criminoso renderam 13 acusações de assassinato e mais 5 de tentativa de assassinato, além de outras 11 de abuso sexual (inclusive de crianças), e outras ainda de roubo. Felizmente, ele teve vítimas que sobreviveram, com uma delas, chamada Inez Erickson, sendo capaz de descrever seu rosto em detalhes.
Foi assim que Ramirez foi identificado, e o rosto do Perseguidor Noturno foi revelado para o público. Depois disso, não demorou muito para que fosse pego - muito diferente de sua condenação, que precisou de um julgamento de sete anos para chegar.
Fuga
Em 1989, Richard foi sentenciado à morte e mandado para a Prisão Estadual de San Quentin, onde ficou pelo restante de sua vida.
Já um fato menos conhecido sobre a trajetória do criminoso é que ele já fez uma tentativa de escapar do encarceramento - todavia, felizmente para os norte-americanos, ele não teve sucesso.
O ocorrido foi lembrado pelo site Daily Star e ocorreu em 1993, quando o serial killer já estava na cadeia fazia quatro anos. Na volta de uma audiência, os guardas prisionais acabaram descobrindo uma série de objetos escondidos no ânus do assassino durante sua passagem no detector de metais.
Eram eles: uma caneta, uma chave, uma seringa e, estranhamente, um adesivo com os dizeres “I Luv Chocolate” (Ou, em tradução livre, “Eu amo chocolate”).
O plano de fuga de Ramirez, portanto, segundo presumido pelas autoridades da prisão, seria injetar a substância da seringa em si mesmo após voltar até sua cela, o que lhe ajudaria a fingir uma doença, garantindo uma ida ao hospital.
As saídas da prisão sempre incluíam algemas, e essa era a função da chave. Já os objetivos da caneta e do adesivo não eram tão claros - só o serial killer saberia responder isso, e ao ser confrontado com toda a situação, Ramirez apenas declarou que pretendia usar os itens para “legítima defesa”.
Na época, uma fonte de dentro da instituição prisional falou a respeito do ocorrido para o The New York Post: “Dois policiais é muito melhor do que os 200 que tem na prisão. Ele usaria a chave para tirar as algemas e ir atrás dos dois policiais. Teria então roubado um carro e começado a realizar seus crimes novamente”.
Embora estivesse no corredor da morte, no fim o assassino não chegou a ser executado, falecendo em 2013 devido a complicações relacionadas a um câncer.