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Traficantes de escravos e torturadores: Brasil possui outros monumentos controversos
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Traficantes de escravos e torturadores: Brasil possui outros monumentos controversos

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Aventuras Na História
03/08/2021 22h26
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No dia 24 de julho deste ano, a imagem da estátua do bandeirante Borba Gato pegando fogo viralizou nas redes sociais. Localizado em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, o monumento foi incendiado por ativistas durante um protesto político, conforme noticiou o portal G1.   

A partir disso, levantou-se debates nas redes sociais e na esfera política sobre monumentos homenageando pessoas controversas da História, como é o caso de Borba Gato — apontado pelos manifestantes como um dos responsáveis por inúmeras mortes de indígenas. 

No entanto, ao redor do Brasil existem, ainda, outros monumentos, que assim como o do bandeirante, homenageiam figuras históricas controversas. 

Homenagem a bandeirantes 

Assim como Borba Gato, Bartolomeu Bueno da Silva foi um bandeirante que viveu entre 1672 e 1740. Segundo a Revista Galileu, ele ficou conhecido como Anhanguera devido as atrocidades que cometeu contra os povos indígenas — traduzindo o nome, significa o ‘diabo velho’ ou ‘espírito maligno’. 

Estátua Borba Gato durante incêndio / Crédito: Divulgação / Twitter / @MonicaSeixas

 

Contudo, mesmo tendo causado sofrimento a muitos indígenas, ele recebeu diversas homenagens ao redor do Brasil, inclusive uma estátua localizada na Avenida Paulista, em São Paulo. 

Outro bandeirante que foi contemplado com um monumento foi o fundador do povoado de Nossa Senhora do Desterro, chamado Francisco Dias Velho. Ele chegou na região que hoje corresponde a Florianópolis, junto de padres jesuítas e em torno de 500 indígenas escravizados.

Outras figuras históricas controversas 

Não só os bandeirantes foram contemplados com monumentos ao redor do Brasil. Conforme a Revista Galileu, Joaquim Pereira Marinho possui uma estátua em frente ao Hospital Santa Izabel, que faz parte da entidade filantrópica privada Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

Entre 1839 e 1850, o militar e político português traficou inúmeras pessoas. Segundo documentos de embarcações registradas em seu nome, naquele período ele foi responsável pela importação de diversos africanos para o Brasil. Contudo, naquela época, tal ação já era proíbida. 

De acordo com dados do Banco de Dados do Tráfico de Escravos Transatlântico, apurados pela Revista Galileu, estima-se que Joaquim Pereira Marinho tenha traficado em torno de 11.584 homens, mulheres e crianças para a Bahia. 

Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva / Crédito: Adrian Michael, via Wikimedia Commons

 

Outro personagem histórico muito polêmico é Floriano Peixoto, o segundo presidente da República. Conhecido como o “Marechal de Ferro”, ele foi responsável por inúmeros ataques violentos contra catarinenses e estrangeiros. 

Acredita-se que ele tenha ordenado o fuzilamento de 185 pessoas, com o intuito de romper e desestabilizar a Revolução Federalista, ocorrida em 1893. Já em 1894, Florianópolis foi batizada em sua homenagem.

Atualmente, o polêmico segundo presidente da República possui uma estátua em sua homenagem localizada no Rio de Janeiro. Além disso, ao redor do país há diversas ruas, praças e avenidas que foram batizadas com o seu nome. 


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