UNESCO implora pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) fez um apela à comunidade internacional pela preservação do patrimônio histórico do Afeganistão. Devido o retorno do Talibã, especialistas se preocupam com a segurança dos monumentos e sítios arqueológicos.
Em comunicado, foi relembrada a destruição deliberada dos Budas Bamiyan - duas gigantescas estátuas esculpidas no século VI - há vinte anos, com o intuito de apagar a herança pré-islâmica do país.
A Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay “clama pela preservação do patrimônio cultural do Afeganistão em sua diversidade, em total respeito ao direito internacional, e por tomar todas as precauções necessárias para poupar e proteger o patrimônio cultural de danos e saques”.
A organização relatou que está acompanhando a situação e está empenhada em salvaguardar o patrimônio cultural do Afeganistão. Além disso, a UNESCO destacou que o ambiente deve ser seguro para o trabalho dos profissionais e artistas do patrimônio cultural do país.
“Isso inclui locais como a Cidade Velha de Herat, os locais de Patrimônio Mundial da UNESCO do Minarete e Restos Arqueológicos de Jam e a Paisagem Cultural e Restos Arqueológicos do Vale de Bamiyan, onde a UNESCO tem trabalhado por várias décadas, bem como museus, incluindo o Museu Nacional de Cabul”, concluiu em comunicado Thomas Mallard, assessor de imprensa do órgão.
O Museu Nacional do Afeganistão, que tem um acervo de 800 mil peças, e o Museu de Arte Islâmica de Ghazni são alguns locais em risco na conjuntura atual, assim como a preservação de Patrimônios Mundiais.
Além da UNESCO, outras organizações internacionais de patrimônio e cultura que atuam no Afeganistão estão inquietas com o cenário. O British Council relatou que todos os projetos de patrimônio no país foram suspensos e seu escritório em Cabul foi fechado.
O site The Art Newspaper publicou que uma fonte anônima afirmou que funcionários do Museu Nacional do Afeganistão vêm escondendo parte do acervo em locais seguros, temendo a ação do Talibã.