Home
Notícias
Bolsonaro parabeniza Polícia Civil do Rio por operação que deixou 28 mortos em favela
Notícias

Bolsonaro parabeniza Polícia Civil do Rio por operação que deixou 28 mortos em favela

Reuters Brasil
10/05/2021 11h51
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/14486438/original/2021-05-10T112612Z_1_LYNXMPEH490GY_RTROPTP_4_POLITICA-BOLSONARO-POLICIA-PARABENIZA?1620647767
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro parabenizou a Polícia Civil do Rio de Janeiro pela operação que deixou 28 pessoas mortas na semana passada na favela do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, e criticou a imprensa por, segundo ele, igualar traficantes a cidadãos comuns, sem entretanto apresentar provas que os 27 mortos --um policial também morreu na operação-- eram traficantes.

"Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!", escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter na noite de domingo.

O presidente também fez uma homenagem ao policial morto na operação.

"Será lembrando pela sua coragem, assim como todos os guerreiros que arriscam a própria vida na missão diária de proteger a população de bem. Que Deus conforte os familiares!", disse o presidente.

Na sexta-feira, ao ser indagado sobre a operação policial no Jacarezinho por um repórter que disse que o caso estava sendo tratado como "massacre", o vice-presidente Hamilton Mourão respondeu: "Tudo bandido". Ele, no entanto, também não apresentou provas das acusações que fez.

A operação na favela do Jacarezinho foi criticada por entidades de defesa dos direitos humanos e a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação ampla e independente sobre o caso, apontando que os policiais não preservaram a cena do crime.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, viu indícios de "execução arbitrária" na operação e o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu esclarecimentos ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), e a outras autoridades estaduais sobre as circunstâncias da operação.

Bolsonaro, que tem nos membros das forças de segurança uma importante base eleitoral, defende o que chama de "excludente de ilicitude" para que agentes de segurança pública fiquem isentos de punição por atos cometidos em serviço. Entidades de defesa dos direitos humanos afirmam que a proposta criaria uma licença para matar.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também