Dono de marca de luxo quer adotar funcionário para deixar herança bilionária
Anamaria
O empresário Nicolas Puech, um dos maiores acionistas da marca de luxo Hermès, quer adotar um de seus funcionários para deixar uma herança bilionária. A decisão, no entanto, está em um impasse jurídico, já que o patrimônio seria destinado inicialmente à ONG Associação Suíça Isócrates.
Puech atualmente tem 80 anos, é solteiro e não tem filhos. De acordo com o jornal Tribune de Genève, ele quer adotar seu jardinheiro, um homem de 51 anos e de "uma modesta família marroquina". Embora as informações sobre o homem sejam poucas, sabe-se que ele tem uma esposa espanhola e dois filhos.
Por causa da idade de Nicolas, ele precisou entrar com um pedido formal de adoção do funcionário, algo bastante incomum na Suíça, conforme aponta o jornal. Se o processo foi concluído, o jardineiro pode ganhar ao menos metade do patrimônio do patrão.
A dificuldade, no entanto, está por conta da Fundação Isócrates, que estava no testamento de Puech. Isso porque em 2011, o empresário assinou um pacto de sucessão em que deixaria a herança para a organização. No entanto, em 2023, ele mudou para "outros arranjos testamentários".
Nicolas Borsinger, secretário-geral da fundação, afirmou que "este desejo de cancelar abrupta e unilateralmente o pacto de herança parece nulo e infundado".
Puech é o maior acionista individual da Hermès e tem participação de 5% da marca, cujo faturamento anual é de 11,6 bilhões de euros, o equivalente a R$ 61,3 bilhões. Ainda que tenha se aposentado do conselho de administração da empresa há nove anos, ele manteve todas as ações e, portanto, é considerado um dos homens mais ricos da Suíça.