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Afinal, as estátuas moai da Ilha de Páscoa têm corpos?
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Afinal, as estátuas moai da Ilha de Páscoa têm corpos?

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Aventuras Na História
16/12/2022 20h13
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©Foto por Marlene Hanssen pelo Pixabay
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Estudar a história da humanidade é considerado, para alguns, uma atividade relativamente entediante, enquanto outros se fascinam. No entanto, quando se tem o interesse de ir atrás de diferentes regiões e explorar culturas não tão conhecidas, novas portas se abrem e, assim, uma nova visão sobre a História pode ser construída.

Um exemplo de região misteriosa, intrigante e, acima de tudo, cheia de uma história pouco conhecida, é a Ilha de Páscoa. Famosa pelas incontáveis e enormes cabeças de pedra fincadas ao chão de seu território, o local é palco de diversas teorias a fim de explicar as grandes cabeças e, ainda mais especificamente, algumas dúvidas sobre o que há abaixo das estátuas e como foram enterradas.

Conhecidas como 'moai', as grandes estátuas ficam localizadas na Ilha de Páscoa, na costa do Chile, com uma idade estimada de entre 1.100 e 1.500 anos. Feitas de tufo vulcânico, de acordo com a Super Interessante, um material que se origina a partir de erupções vulcânicas, mais de mil dessas esculturas recobrem toda a ilha. Mas afinal, elas possuem corpos ou se tratam apenas de cabeças enormes? Confira!

Estátuas Moai
Estátuas Moai / Crédito: Foto por Sofia Cristina Córdova Valladares pelo Pixabay

Cabeças com corpos?

Claro que qualquer um que se deparasse, repentinamente, em uma ilha recoberta por grandes cabeças de pedra fincadas ao chão, teria curiosidade de cavar para descobrir que tipo de mistérios as rochas escondem — afinal, se tratam apenas de cabeças, ou elas também possuem corpos?

Por isso, a resposta para a pergunta pode nem mesmo ser muito surpreendente, e foi feita antes mesmo de qualquer trabalho arqueológico oficial ser realizado no local: sim, as cabeças possuem corpos enterrados sob o solo.

A primeira grande escavação arqueológica feita na Ilha de Páscoa em torno — literalmente — das estátuas moai ocorreu em 1954, comandada pelo pesquisador norueguês Thor Heyerdahl. Já nessa época, no caso, ele pôde determinar que as famosas esculturas da ilha não eram apenas cabeças.

Descobertas recentes

Porém, não foi apenas uma cabeça escavada até os dias de hoje, para que a conclusão fosse tomada: ao todo, mais de 90 das quase 900 moais foram escavadas. Porém, pesquisas mais recentes seguem fazendo descobertas interessantes sobre os monumentos.

Divulgação/UCLA e Divulgação

Um grupo de pesquisadores em trabalho conjunto entre a Universidade da Califórnia e o Projeto Estátua da Ilha de Páscoa — uma instituição não governamental que visa preservar e entender as esculturas — apontou, em 2012, que as estátuas possuíam muitas vezes mais de 10 metros de altura, de forma que era possível identificar não somente pescoço, mas também tronco, braços e mãos que cobrem a região genital do monumento, sem contar o mais curioso: cada uma possui identidade própria.

Na base de uma das estátuas encontramos uma rocha de basalto com inscritos. Eram desenhos que lembravam canoas", comentou Jo Anne Van Tilburg, pesquisadora do Instituto de Arqueologia da Universidade da Califórnia e uma das responsáveis pelo estudo. 

Segundo a fonte, os pesquisadores começaram a acreditar que esses desenhos poderiam indicar famílias e castas entre a sociedade responsável pela produção dos moai.

Isso porque, durante as escavações, também foram encontrados pigmentos vermelhos utilizados pelos nativos em rituais, e até mesmo ossos — possivelmente enterrados propositalmente na base das estátuas, para que familiares ficassem próximos.

Estátuas moai com o corpo exposto
Estátuas moai com o corpo exposto / Crédito: Foto por Till Schwalm pelo Pixabay

Como ficaram desse jeito?

Por fim, uma questão curiosa que fica é: como estátuas tão grandes ficaram completamente soterradas, e coincidentemente todas permaneceram apenas com as cabeças acima do nível do solo?

A partir de análise da inclinação das grandes pedras e da área em que as estátuas estão localizadas, os pesquisadores californianos de 2012 também puderam chegar a outra conclusão: os moai nunca foram enterrados, e ficaram daquele jeito por pura obra da natureza.

De acordo com eles, os fatores responsáveis por deixar os moai dispostos daquela maneira foram deslizamentos de terra e erosões naturais, que acabou escondendo não só as esculturas como também alguns corpos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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