Aliados de Bolsonaro aprovam o fim da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos
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Nesta quinta-feira, 15, membros da CEMDP (Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos), órgão vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, aprovaram a extinção do colegiado por 4 votos a favor e 3 contra. A decisão pôs fim às atividades que abordaram sobre crimes cometidos durante a ditadura militar.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a reunião foi convocada pelo advogado bolsonarista e presidente da comissão, Vinicius Pereira de Carvalho, que também é ex-assessor da ministra Damares Alves. Além disso, o grupo alegou que houve "a conclusão da análise de todos os processos de solicitação de indenizações".
Entre os conselheiros que votaram a favor da extinção, estão o deputado federal do PL-PR Filipe Barros e o representante da sociedade civil, também do PL, Paulo Fernando Melo da Costa.
Já os votos contra foram decididos por Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura, Diva Soares Santana, representante dos familiares dos desaparecidos, e Ivan Marx, representante do Ministério Público Federal.
A Comissão
A extinção da Comissão, de acordo com o portal UOL, já era prevista no plano de governo do presidenteJair Bolsonaro (PL).
A importância do órgão deve-se ao fato de que ele desempenha um trabalho histórico ao recontar sobre a ditadura militar brasileira, momento marcado pela tortura, baixa representação política e sindical, corrupção, censura e falta de transparência com a população.
Além disso, a Comissão, que foi criada em 1995 no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, trabalha na localização dos corpos dos desaparecidos políticos e realiza indenizações aos familiares.