Apontado como chefe do bicho é procurado por Operação do MPRJ
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Nesta terça-feira, 29, foi iniciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, a Operação Fim da Linha, contra a máfia do jogo do bicho. O órgão tentava prender Bernardo Bello, apontado como chefe do jogo do bicho, que até então, não foi encontrado.
Ele é réu, ao lado de outras cinco pessoas, pelo assassinato do bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid. Como informado pelo g1, Agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) saíram para prender, outras 25 pessoas além de Bello.
Dessas 25 pessoas, 10 haviam sido presas. Dentre elas, o policial penal Altamir Senna, o Mizinho, o qual tinha com ele R$ 31 mil em espécie. Além disso, são cumpridos 57 mandados de busca e apreensão.
Bernardo Bello é ex-presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel. Ele é réu ao lado de outras cinco pessoas pela morte de Bid e respondia em liberdade. Outros procurados, eram, o miliciano Marquinho Catiri — morto em uma troca de tiro dia 19 — E o coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, ex-secretário estadual da Polícia Militar.
O assassinato de Bid ocorreu em fevereiro de 2020 e Bernardo Bello foi denunciado pelo MPRJ por ser o autor intelectual do assassinato do bicheiro. O crime foi motivado pela disputa de pontos de contravenção na cidade, como apontam as investigações.
Mandado de prisão
Como informado pelo g1, o mandado de prisão contra Bello, na realidade, possui relação com o que é apurado pela Operação Fim da Linha, ou seja, corrupção e lavagem de dinheiro.
No entanto, pelo assassinato de Bid, Bello já foi preso pela Interpol no início do ano, na Colômbia. Seu nome constava na Difusão Vermelha (Red Notice), a lista dos mais procurados de cada país. Ele ficou detido na Colômbia até maio, quando recebeu o habeas corpus, e então voltou ao Brasil e responde ao atentado em liberdade.
Morte de Bid
Além da morte de Alcebíades Paes Garcia, também foram executados, seu filho, Waldemir Garcia, o Myro, Waldemir Paes Garcia, o Maninho, e Fernando Iggnácio. Seu assassinato foi um dos que marcaram guerra do jogo do bicho no Rio de Janeiro.
Nesta terça, o MPRJ encontrou R$ 435 mil e 1.670 euros (cerca de R$ 9 mil) em espécie na residência de um dos alvos, na Barra da Tijuca. O sargento Alexandre Ribeiro da Silva, foi preso.
De acordo com o MPRJ, essas quadrilhas utilizam-se de diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, para que assim possam aumentar seus lucros. Elas também corrompem PMs e utilizam-se de violência para conquistar territórios.
A 1ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio, expediu os mandados da operação desta terça.