Após perdas na biodiversidade, Austrália declara combate aos gatos
Aventuras Na História
Na Austrália, o governo do país declarou guerra contra uma espécie animal considerada invasora da nação: os gatos. Eles são responsáveis por algumas perdas na biodiversidade de lá, fazendo com que, conforme um esboço de um plano de ação divulgado nesta semana, o país autorizasse a eutanásia de felinos capturados na natureza e a caça dos mesmos.
Após um relatório das Nações Unidas chegar à conclusão de que na Austrália as espécies invasoras são as maiores causadoras de perda de biodiversidade, nesta semana o anúncio foi divulgado por autoridades locais.
No relatório, Tanya Plibersek, ministra do Meio Ambiente da Austrália, estimava que os gatos, em média anual, são responsáveis pela morte de dois bilhões de animais.
Para a mídia local, segundo repercutiu o jornal O Globo com informações do The New York Times, Plibersek comentou:
Este documento de consulta fará perguntas realmente importantes, como: ‘Devemos ter um toque de recolher para gatos? Os governos locais deveriam ter mais oportunidades de restringir a posse de gatos em sua área?’”
Anteriormente, a Austrália já havia tentado combate aos felinos ferais, que são aqueles descendentes de felinos domésticos que voltaram a ser selvagem. Porém, a nova proposta conta com elementos inovadores.
A professora da Universidade Nacional Australiana Sarah Legge, que é uma das principais investigadoras do país sobre o impacto dos gatos, relatou que os impactos dos gatos domésticos e selvagens “se misturam”: “Animais de estimação podem se tornar animais de rua e os de rua podem se tornar selvagens.”
Outros dados
Conforme Sarah Legge, em média, um gato doméstico chega a matar aproximadamente 186 mamíferos, aves, répteis e sapos durante um ano. Quando se trata de um gato selvagem, esse número sobe para 748.
Porém, em subúrbios, a concentração de gatos domésticos é maior, fazendo com que, nessas áreas, o número de animais que eles matam por hectare seja maior ao número que os selvagens matam na natureza.
Vale destacar que alguns governos locais do país contam com restrições rígidas aos felinos em questão.