Brasileiras mantidas como escravas sexuais são libertadas pela polícia espanhola
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A Polícia Nacional da Espanha conduziu uma operação de resgate nesta quarta-feira, 18, libertando cinco mulheres brasileiras que eram mantidas em cárcere privado e exploradas sexualmente na cidade portuária de Alicante. As vítimas, envolvidas em um caso de tráfico humano, haviam sido atraídas sob falsas promessas para a Espanha, vindo do Brasil.
"Elas chegaram à Espanha enganadas para trabalhar como faxineiras, porém, uma vez em nosso país, foram forçadas à prostituição para pagar a suposta dívida que haviam contraído na viagem", informou a polícia espanhola.
Além disso, as vítimas acreditavam que o processo de regularização de sua situação no país europeu seria pago, o que não ocorreu. As autoridades prenderam cinco pessoas ligadas à quadrilha, acusadas de formar uma organização criminosa dedicada à exploração sexual.
Controle das mulheres
O controle exercido sobre as mulheres era rígido, com o uso de câmeras de vigilância no bordel onde eram forçadas a trabalhar. Essas mulheres viviam em condições desumanas, sendo exploradas 24 horas por dia e sem permissão para recusar clientes. Além disso, tinham que arcar com despesas como aluguel, alimentação e água.
Os membros da organização aproveitaram as crenças religiosas das vítimas para, através de rituais, altares e oferendas, conseguirem lealdade absoluta aos líderes da organização", acrescentou a polícia.
A operação contou com a colaboração da Polícia Federal do Brasil e destaca a importância do trabalho conjunto das forças de segurança na luta contra o tráfico humano e a exploração sexual, de acordo com o portal O Globo.