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Cabine apertada e barulhenta: Como era a terceira classe no Titanic?
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Cabine apertada e barulhenta: Como era a terceira classe no Titanic?

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Aventuras Na História
04/03/2023 12h00
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Quando foi construído, o Titanic não apenas era um dos maiores transatlânticos de sua época, mas também extraordinariamente luxuoso. Um detalhe interessante sobre ele, aliás, é que não eram apenas as acomodações da primeira e segunda classe que tinham um alto padrão: por incrível que pareça, os passageiros de terceira classe também receberam um tratamento muito melhor que aquele que seria esperado na maior parte das embarcações da época. 

Os 710 cidadãos de renda mais humilde a bordo do Titanic estavam agrupados em cabines apertadas onde eram acomodadas entre 2 e 10 pessoas em beliches. Elas ficavam localizadas próximas das caldeiras e motores do navio, dessa forma, muito mais barulhentas que as versões habitadas pelos passageiros mais ricos. 

Fotografia das cabines, e uma recreação delas no Titanic Belfast / Crédito: Domínio Público e Getty Images 

Segundo repercutido pela ABC News, havia uma pia disponível em cada um desses cômodos, sendo esse o local utilizado pela maioria para se lavar, dado que a alternativa era pegar uma extensa fila para usar uma das únicas duas banheiras existentes (uma para os homens, e outra para as mulheres) para a terceira classe inteira.

A maior parte do tempo de viagem desses passageiros se dava no salão comum, que servia como espaço de socialização — com a presença de um piano para que eles pudessem tocar músicas — e também como refeitório, contando com grandes mesas comunitárias. Também existia um acesso adicional a um fumódromo. 

Já o restante das áreas de entretenimento do Titanic, como piscina e ginásio, eram de uso restrito da primeira e segunda classe. 

Restaurante usado pela primeira classe no Titanic / Crédito: Domínio Público

Transporte de qualidade

Se as características descritas acima parecem pouco atrativas para nossos padrões modernos, é preciso destacar que os compradores das passagens mais baratas do navio tinham acesso a banheiros com descarga automática, além de água corrente e eletricidade.

As três refeições servidas diariamente para a terceira classe eram simples, mas de qualidade, sendo composta principalmente por rosbife, sopa de arroz, biscoitos e frutas, de acordo com a BBC. Já na maioria dos navios do período, era esperado que os indivíduos de baixa renda trouxessem seus próprios mantimentos para aguentar o trajeto.  

Cardápio para a terceira classe / Crédito: Domínio Público

Além disso, os beliches das cabines já vinham com colchão, cobertor e travesseiro. Os passageiros precisavam, todavia, usar os próprios lençóis e fronhas, o que, mais uma vez, era um bônus para viagens de baixo orçamento pelo mar no início do século 20. 

Um último detalhe de relevância é que, embora a prioridade dos atendimentos médicos fosse para indivíduos que pagaram mais caro para embarcar no Titanic, os profissionais e remédios estavam disponíveis para todos que precisassem. 

É claro que, dada a maneira como a viagem inaugural do transatlântico terminou, esses detalhes da terceira classe acabaram não valendo a pena: isso, pois, quando os botes salva-vidas foram preenchidos, ainda foram os mais ricos que entraram primeiro, o que fez com que muitas das vítimas pertencesse às classes sociais mais baixas. De um total de 710, apenas 174 entre os passageiros mais humildes teriam saído do naufrágio com vida. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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