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Carnaval 2023: Como as escolas de samba utilizam o incentivo da Lei Rouanet?
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Carnaval 2023: Como as escolas de samba utilizam o incentivo da Lei Rouanet?

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Aventuras Na História
13/02/2023 20h44
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©Getty Images
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Neste ano, a escola de samba Rosas de Ouro, integrante do grupo especial do Carnaval de São Paulo, foi autorizada a captar cerca de R$ 1,9 milhão pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet. Mas a agremiação não é a única a fazer isso.

Para o Carnaval, a lei se transformou em algo fundamental. As leis de incentivo e a folia possuem uma relação muito conhecida, mas que fora consolidada nos últimos anos, tanto nas grandes metrópoles quanto em cidades menores.

Um bom exemplo disso é o município de Navegantes, em Santa Catarina, em que a aprovação do MinC é considerada uma oportunidade de recolocar os desfiles na avenida depois de quase 4 anos. Na cidade, a Liga das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos foi autorizada a captar até R$ 3,5 milhões.

Elcio José Pacheco Júnior, presidente da instituição, explicou ao UOL que “com o passar do tempo, ele [Carnaval] se apagou, perdeu a chama por falta de investimento. Agora, nós estamos tentando reacender essa chama trazendo o Carnaval da família. A Liga não tem fonte de renda. Toda a diretoria não tem salário. Ela é uma Liga independente sem fins lucrativos”.

O que é a Lei Rouanet?

Conhecida popularmente como Lei Rouanet, a Lei de Incentivo à Cultura foi criada no governo Fernando Collor, em 1991, e concede a pessoas físicas e empresas privadas patrocinadoras de produtos ou serviços na área da cultura um tipo de incentivo fiscal.

Contudo, a aprovação no Ministério da Cultura não garante a captação e nem mesmo a execução do projeto. Essa possibilidade existe pois a captação é feita por renúncia fiscal, ou seja, uma reorganização de imposto, que seria pago aos cofres públicos, no entanto, é direcionado a produções artísticas.

De acordo com informações do UOL, não é o governo que escolhe os projetos que ganharão os investimentos, mas sim as empresas que decidem.

Passistas da escola de samba Unidos de Vila Isabel - Crédito: Getty Images

Pós-captação

A finalidade dos recursos que dependem da captação de dinheiro através da iniciativa privada varia dependendo da realidade de cada município. Em São Paulo, que é uma cidade maior, grande parte da receita das escolas do grupo especial vem de outras fontes, como apoio da Prefeitura, bilheteria e pagamentos de direitos de imagem.

O vice-presidente da Rosas de Ouro, Osmar Costa, diz que os recursos adquiridos com a Lei ajudam a complementar o caixa, garantindo investimentos. "Auxilia a melhorar a qualidade do espetáculo, tanto tecnicamente quanto na qualidade de materiais. Se você está um pouco melhor apoiado financeiramente, você pode investir um pouco com materiais. Além de poder proporcionar um espetáculo com uma qualidade melhor", explica.

Setor de bilhões

Assim como a indústria do entretenimento, o Carnaval movimenta bilhões de reais todos os anos, assumindo um papel significativo na economia do país. Segundo a estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a folia deverá movimentar mais de R$ 8 bilhões em 2023. Já em relação à Lei Rouanet, os recursos ajudam a movimentar engrenagens locais, como a geração de comércio e emprego.

Mestre-sala e porta-bandeira da escola de samba Unidos da Tijuca - Crédito: Getty Images

O presidente da Rosas de Ouro acrescenta:

As próprias empresas acabam trazendo os seus colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros para dentro da escola, que passam a enxergar a escola de samba também como uma economia criativa, como uma fonte de renda para a população além do espetáculo artístico”.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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