Disco voador? Fenômeno peculiar chama atenção no RJ e cariocas levantam hipóteses
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Na última segunda-feira, 18, uma impressionante nuvem circular, assemelhando-se a um disco voador, surpreendeu e despertou a curiosidade dos cariocas ao se formar sobre a imponente Pedra da Gávea. Visível da Barra da Tijuca e das praias de Ipanema e do Leblon, na Zona Sul, a peculiar nuvem encantou os moradores dessas localidades, sendo até comparada a um cogumelo.
Nas redes sociais, além dos comentários admirados sobre a capacidade da natureza em fascinar, surgiram brincadeiras, como a sugestão mais engraçada: “Esperando só a nave sair de dentro tipo Independence Day”, em alusão ao filme americano de ficção científica centrado em uma invasão alienígena à Terra.
O meteorologista Thiago Sousa, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Rio de Janeiro, esclarece que essa nuvem peculiar é denominada lenticular e está associada a um tipo específico de corrente de vento que circula próximo de regiões montanhosas. Ele enfatiza que essa formação nebulosa não está diretamente relacionada a tempestades.
“É um tipo específico de nuvem que possui uma forma de lente alongada ou disco, mas sua aparência pode variar dependendo das condições específicas de vento e umidade”, explica Sousa. Essas nuvens se formam em altitudes elevadas, frequentemente acima do nível das montanhas, e estão relacionadas aos padrões de fluxo de ar ao redor de obstáculos topográficos, segundo o portal O Globo.
Sem movimento
Outra característica marcante é que essas nuvens, ao contrário de outras, aparentam permanecer paradas em determinados pontos, não seguindo um movimento contínuo.
Visualmente, elas parecem relativamente no mesmo lugar por longos períodos de tempo, apesar do movimento atmosférico ao seu redor. Esse diferencial das nuvens lenticulares contribui para a sua aparência única no céu", destaca o especialista.
Sousa também esclarece não haver uma estação específica do ano para a formação dessas nuvens, uma vez que sua ocorrência está mais relacionada às condições locais da topografia e do clima. “Em muitas regiões montanhosas, é possível observar nuvens lenticulares em diferentes períodos”, conclui.