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Empresa que expulsou passageira de voo será notificada pelo Ministério da Justiça para dar explicações
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Empresa que expulsou passageira de voo será notificada pelo Ministério da Justiça para dar explicações

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Aventuras Na História
01/05/2023 11h58
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15529587/original/open-uri20230501-18-1ukx47l?1682944310
©Reprodução/ Redes Sociais
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Na última sexta-feira, 28, a passageira Samantha Vitena, que estava em uma viagem de Salvador a São Paulo, foi expulsa de um voo da empresa aérea Gol por agentes da Polícia Federal (PF) após ter dificuldades de guardar suas malas. 

Segundo os vídeos que repercutiram nas redes sociais, o pedido aconteceu pelo comandante da aeronave, e conforme divulgou a CNN Brasil, a companhia alega que os agentes foram acionados pelo fato de Samantha ter negado despachar sua bagagem de mão corretamente. 

Após a ocasião, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que é um órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, comunicou que a empresa aérea terá que dar explicações sobre o ocorrido. De acordo com testemunhas que estavam no local, a Vitena já tinha guardado em um compartimentos seus pertences, e os agentes chegaram quase 1 hora depois. 

O secretário Nacional do Consumidor Wadih Dahmous comentou sobre o ocorrido:

Ao que parece, mais um caso de racismo nas relações de consumo. A Secretaria Nacional do Consumidor atuará com firmeza contra o racismo no consumo". 

Na manhã do último domingo, 30, a PF abriu inquérito para apurar se houve racismo no acontecimento. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi notificada pelos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania para “prevenir, coibir e colaborar com a apuração de casos de racismo praticados por agentes de empresas aéreas”.

Segundo alguns passageiros do voo, a ação das autoridades à situação foi desproporcional e racista. Ao portal de notícias já citado, Elaine Hazin, que se encontrava no voo, disse:

Foi muito triste, meu coração tá realmente sangrando com essa história. Eu nunca imaginei na minha vida que eu pudesse presenciar um caso tão grave de racismo contra uma mulher negra.”

Posicionamento

Após o ocorrido da última sexta-feira, a Gol se posicionou com uma nota em que disse que "havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente". 

A companhia completou: “Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo".

Posteriormente, a empresa ainda encaminhou à imprensa um segundo comunicado: 

“A passageira acomodou sua bagagem em local que obstruía a passagem, o que trazia risco a segurança do voo. Em casos como este, a tripulação não pode seguir viagem e, obrigatoriamente, precisa reacomodar a bagagem. 

A Tripulação da GOL ofereceu para a cliente o despacho gratuito da bagagem, em seguida ofereceu que o computador fosse retirado da mochila e por fim troca de assento para onde seria possível a acomodação da bagagem.

A Companhia informou, por fim, que ela teria que desembarcar para que o avião pudesse partir. A impossibilidade de chegar a um acordo e a necessidade de se reestabelecer a ordem fez com que a Polícia Federal fosse acionada". 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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