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Paquistão: Exército resgata reféns de trem sequestrado por militantes
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Paquistão: Exército resgata reféns de trem sequestrado por militantes

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Aventuras Na História
12/03/2025 16h00
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©Getty Images
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Um confronto tenso e prolongado entre militares paquistaneses e militantes armados do Exército de Libertação Balúchi (BLA) mantém o país em alerta máximo. O impasse, que já dura mais de 24 horas, teve início com o sequestro do trem Jaffer Express, que transportava cerca de 450 passageiros da capital do Baluchistão, Quetta, para Peshawar, no norte do país.

O ataque, que ocorreu na última terça-feira, 11, foi realizado por um grupo de militantes que abriram "tiros intensos" enquanto o trem passava por um túnel, no início da viagem. O BLA, um grupo separatista ativo na província do Baluchistão, rica em minerais, assumiu a responsabilidade pelo ataque.

As forças armadas do Paquistão lançaram uma operação para confrontar os agressores, que, segundo fontes de segurança, estão usando "mulheres e crianças como escudos humanos". Na tarde desta quarta-feira, 12, 190 reféns foram resgatados e 30 militantes foram mortos, de acordo com fontes de segurança. No entanto, o número exato de pessoas ainda em cativeiro permanece incerto.

Relatos de testemunhas descrevem cenas de caos e terror durante o ataque. Uma mulher resgatada comparou a situação ao "Dia do Julgamento", enquanto outro passageiro relatou ter visto mais de 100 pessoas armadas no trem.

Até o momento, pelo menos 10 civis e membros das forças de segurança do Paquistão perderam a vida no conflito. As fontes de segurança acusam os militantes de manterem contato com agentes no Afeganistão, uma alegação que agrava ainda mais as tensões na região.

Preocupação

O sequestro do trem é considerado um ato audacioso por parte do BLA, que busca maior autonomia política e desenvolvimento econômico para o Baluchistão. A ação também destaca a crescente deterioração da segurança no Paquistão, um problema que o governo enfrenta há décadas.

A população do Baluchistão, predominantemente do grupo étnico balúchi, sofre com a marginalização e a pobreza, alimentando um sentimento de distanciamento do governo federal. A insurgência ganhou força nos últimos anos, especialmente após o arrendamento do porto de águas profundas de Gwadar à China.

Segundo a CNN, o ataque ao trem representa uma escalada na sofisticação dos ataques dos insurgentes, segundo analistas. O governo paquistanês, por sua vez, promete intensificar a luta contra o terrorismo, mas especialistas alertam para a necessidade de uma revisão urgente das políticas de segurança no Baluchistão.

A situação exige atenção global, especialmente da China, que possui investimentos significativos na região. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar do conflito, que pode ter implicações profundas para a estabilidade do Paquistão e da região.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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