Entenda como o massacre de Columbine fez uma nova vítima

Aventuras Na História






Um dos episódios mais chocantes da história dos Estados Unidos fez mais uma vítima quase 26 anos depois. Anne Marie Hochhalter, sobrevivente do massacre de Columbine, faleceu no último dia 16.
Marie, que teve o corpo paralisado da cintura para baixo após o episódio perturbador, teve a morte oficialmente considerada homicídio. Durante o massacre, quando tinha apenas 17 anos, ela foi baleada no peito e nas costas.
A causa da morte
De acordo com o New York Times, o relatório de sua autópsia aponta sua morte por sepse, ou seja, uma resposta agressiva do sistema imunológico diante de uma infecção. Assim, a morte foi relacionada aos ferimentos que sofreu durante o atentado em questão.
Uma amiga de Marie informou ao veículo que a colega lutava contra os "efeitos persistentes dos ferimentos", o que incluia úlceras e infecções.
"Complicações da paraplegia devido a dois (2) ferimentos à bala são um fator significativo que contribuiu para a morte", explica o documento.
A classificação oficial, entretanto, caiu em discordância com Nathan, irmão de Anne. Ao veículo internacional, ele explicou que sua irmã se considerava uma sobrevivente. Como consequência, não seria correto incluí-la na lista de vítimas. Ele relembrou que sua irmã, inclusive, dirigia, ia até o mercado e até mesmo viveu sozinha.
“Ela ganhou 26 anos a mais”, afirmou Nathan, também estudante da escola. "Era muito independente, mas não foram 26 anos fáceis".
O atentado
O dia 20 de abril de 1999 marcou um dos episódios mais sangrentos e brutais da história norte-americana. Por volta das 11h19 da manhã, Eric Harris e Dylan Klebold iniciaram um tiroteio que durou cerca de 30 minutos, vitimando 12 alunos e um professor; além de ferirem outras 21 pessoas antes de tirarem suas próprias vidas.
25 anos depois, 'O Massacre de Columbine' ainda é a chacina mais emblemática do país. Infelizmente, não foi a última e tampouco a mais fatal, no entanto, os fantasmas de Columbine ainda assombram e estão longe de serem exorcizados.
"A parte mais difícil de transformar essa tragédia em um livro foi descobrir qual era a história — como eu a contaria, estruturaria e através de quais perspectivas", diz Dave Cullen, autor de 'Columbine' (Darkside Books), em entrevista exclusiva à Aventuras na História.
"Ninguém havia escrito um livro sobre isso — ou criado um filme — porque ninguém conseguia descobrir como contar essa história massiva envolvendo 2.000 alunos inicialmente, e muitos milhares mais com professores, famílias, socorristas, etc", continua. Leia a entrevista completa.


