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Esqueleto de macaco evidencia diplomacia entre povos pré-colombianos
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Esqueleto de macaco evidencia diplomacia entre povos pré-colombianos

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Aventuras Na História
28/11/2022 20h25
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15314757/original/open-uri20221128-18-1wk6n5o?1669667883
©Divulgação/UC Riverside/Nawa Sugiyama
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Algumas evidências descobertas recentemente acerca da grande potência pré-colombiana dos maias possibilitam que pesquisadores atestem laços sociopolíticos entre maias e outros povos mesoamericanos. No caso, a descoberta é centrada nos restos mortais de um macaco-aranha.

Segundo a arqueóloga Nawa Sugiyama, da Universidade da Califórnia Riverside, o esqueleto evidencia a existência de laços entre os maias e o povo de Teotihuacán. A equipe que fez a descoberta escavava o Complexo Plaza of Columns, em Teotihuacán, no México, desde 2015.

O animal em questão chamou a atenção dos pesquisadores por um simples motivo: a espécie era considerada exótica no México pré-hispânico, e foi encontrada ao lado de uma águia dourada e várias cascavéis cercadas por artefatos únicos, como pequenas estatuetas feitas de pedra de jade e outras peças luxuosas.

Esqueleto de macaco-aranha encontrado em antiga cidade maia
Esqueleto de macaco-aranha encontrado em antiga cidade maia / Crédito: Divulgação/UC Riverside/Nawa Sugiyama

Descoberta

Em pose da ossada, os pesquisadores submeteram dois dentes do animal a exames — os caninos superior e inferior — e, com isso, determinaram que o macaco comia milho e pimenta malagueta em Teotihuacán, como apontado pela Revista Galileu.

Já uma análise química óssea, que oferece informações relacionadas ao ambiente em que habitavam e a dieta, pôde concluir que o animal viveu pelo menos dois anos naquele local. Antes de chegar ali, porém, vivia em ambiente úmido, se alimentando de plantas e raízes — o que é consistente com o território dos maias.

As descobertas condiziam com as antigas evidências de que as civilizações pré-colombianas realizavam uma espécie de sacrifício vivo de animais, estes que seriam simbolicamente potentes em rituais.

Teotihuacán atraía pessoas de todas as partes, era um lugar onde as pessoas vinham para trocar bens, propriedades e ideias. Era um lugar de inovação", aponta Nawa Sugiyama, autora do estudo, em comunicado.

Além da ossada do macaco, restos de outros animais também foram encontrados no local, sem contar fragmentos de murais antigos em estilo maia, e mais de 14 mil cacos de cerâmica de um grande banquete.

Além de possibilitar a compreensão sobre rituais antigos, a descoberta possibilita entender situações sociais e políticas entre as civilizações antigas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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