Europa: Casos de pneumonia misteriosa se espalham entre crianças
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Após um surto na China, casos de pneumonia misteriosa se espalham em países da Europa, que enfrentam um aumento significativo de manifestações entre crianças. Segundo o Statens Serum Institute (SSI), instituto de pesquisa em saúde da Dinamarca, as infecções por Mycoplasma pneumoniae atingiram níveis “epidêmicos”.
Somente na última semana, foram registrados 541 casos de pneumonia por Mycoplasma, uma bactéria que costuma causar sintomas leves, segundo dados levantados pelo Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas (Cidrap), da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.
Conforme repercutido pelo jornal O Globo, o número de infecções começou a aumentar durante o verão, mas crescer significativamente nas últimas 5 semanas. O comunicado do SSI foi divulgado poucos dias após a Holanda relatar um aumento alarmante de pneumonia entre as crianças.
Entre 13 e 19 de novembro, foram registrados 103 casos de pneumonia em cada 100 mil crianças holandesas. Na semana anterior, foram 80 registros entre os pequenos de 5 a 14 anos, segundo o Instituto Holandês de Pesquisa em Serviços de Saúde (NIVEL). Contudo, o país não atribuiu o aumento das infecções a Mycoplasma pneumoniae ou a qualquer outro patógeno.
Outros detalhes
O Mycoplasma pneumoniae costuma afetar os pulmões, resultando em uma condição leve, muito semelhante a uma gripe, chamada de “pneumonia ambulante”. Geralmente, é mais comum entre crianças pequenas. Contudo, a crescente resistência bacteriana aos antimicrobianos leva a falhas no tratamento com antibióticos convencionais, gerando casos mais severos e hospitalizações.
O aumento no número de casos é preocupante, pois essa mesma bactéria foi observada em um recente surto de pneumonia entre crianças chinesas e pode de espalhar rapidamente pela Europa. Porém, médicos chineses apontaram ser comum o surto de Mycoplasma a cada 3 a 7 anos no país.
Apesar da crescente preocupação, a SSI confirmou o histórico de surtos dessa mesma bactéria no país, que costumam ocorrer a cada 4 anos, com o aumento no número de casos entre o final do outono e início do inverno.
