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Idoso 'recluso' doa casa milionária para garçonete e família tenta reverter decisão
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Idoso 'recluso' doa casa milionária para garçonete e família tenta reverter decisão

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Aventuras Na História
12/03/2025 16h40
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Na Inglaterra, uma família luta para reverter judicialmente a decisão de um excêntrico 'recluso' que destinou sua casa de 650 mil libras (cerca de R$ 4,9 milhões) para uma garçonete que lhe atendia em uma cafeteria local.

Richard Joy, considerado um aficionado por história e colecionador de memorabilia militar, morreu em maio de 2018; tendo passado toda sua vida na casa da família em Hillside Gardens, Harrow, em Londres.

Com 82 anos, ele era descrito por sua família como "recluso"; nunca tendo se casado, nem tendo filhos, e passando a maior parte do seu tempo na biblioteca do imóvel ou cuidando de sua coleção de moedas raras, medalhas e itens militares.

No entanto, cerca de dois anos de sua morte, ele doou sua casa para a garçonete ucraniana Mariia Romanyshyn, de 38 anos; quem ele a conheceu enquanto ela trabalhava em uma cafeteria em 2011. Joy visitava o local pelo menos três vezes por semana.

Após criar um vínculo estreito com a atendente, ele eventualmente convidou ela, seu marido e seus filhos para viver com ele sem sua casa, e construírem assim uma "família adotiva".

A doação e o imbróglio

Foi nesse contexto que Joy decidiu doar a casa para a atendente em 2016. Mariia disse que Richard colocou a escritura em suas mãos e falou: "A casa é sua. Quero que você fique com a ela", repercute o The Independent.

No entanto, agora, a garçonete está sendo processada pelo primo de segundo-grau de Richard e executor de seu espólio, Martin Larney, que está lutando para reaver a casa para a família. Martin alega que a doação do imóvel aconteceu em um momento em que Joy estava frágil demais para entender completamente o que estava fazendo. Algo que Mariia nega.

Romanyshyn aponta que o aposentado era perspicaz o suficiente para jogar xadrez com sua filha — para quem ela considerava uma "figura de avô" — e até mesmo acompanhar séries complexas, como 'Sherlock' de Benedict Cumberbatch.

No tribunal, o juiz Simon Monty KC ouviu que Joy nunca teve uma família e viveu toda sua vida na casa de seus pais. Em seu testamento de 2011, ele havia destinado o imóvel para seu primo de segundo-grau, a mãe dele e um amigo que não está envolvido no caso.

Mas após sua morte, descobriu-se que, em 2016, ele assinou um documento doando a propriedade à Romanyshyn.

Mariia contesta a versão de que Richard não estava consciente de suas decisões, sendo "vulnerável, com aparente comprometimento cognitivo" e "dependente", conforme aponta o advogado da família.

A mulher aponta, ainda, que após Joy passar um período no hospital, ela se ofereceu para ajudá-lo com compras ou tarefas casuais, mas as ajudas passaram a se tornar mais regulares com o passar dos anos.

Assim, Richard "encorajou repetidamente" Mariia e sua família a se mudarem para casa com ele, dizendo-lhe: "meu desejo é que esta seja a casa de sua família"; o que a fez abandonar seus planos de se mudar de Londres.

Uma amizade se desenvolveu ao longo do tempo e evoluiu para um relacionamento familiar e, depois de alguns anos — a pedido e insistência da falecida — em abril de 2017, ela se mudou para a propriedade junto com (seu marido) Vasyl e sua filha", disse sua advogada Lynne Counsell.

"Eles e seus filhos se tornaram a família adotiva do falecido e também o ajudaram e cuidaram dele, mas nenhum deles foi pago como cuidador e em nenhum momento exigiu ou recebeu qualquer dinheiro por seus cuidados e assistência".

Romanyshyn tratava o aposentado "como seu tio", enquanto sua filha o via "como uma figura de avô" — e ele ainda era mentalmente afiado o suficiente para tomar decisões importantes, ela continuou.

"Não há nada nos registros que mostre que ele estava sofrendo de demência, ou passando por qualquer investigação de demência ou recebendo prescrição de quaisquer medicamentos para essa condição", disse a advogada, que apontou que Richard também conseguia "navegar com sucesso em viagens para longe de casa e retornar em segurança".

"O falecido jogou xadrez com a filha mais velha da Sra. Romanyshyn antes e depois da escritura de doação... e ele também assistiu e conseguiu acompanhar episódios de 'Sherlock' na televisão".

"Ele recebeu e sentiu o cuidado, o amor e o carinho de mim e da minha família", disse Mariia. "Havia um grau extremamente alto de confiança entre nós".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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