Mulher dada como morta 'ressurge' para que casa não seja tomada por fraudador

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Uma mulher nigeriana, dada como morta em 2019, "ressurgiu" para evitar que sua casa fosse tomada por um fraudador. June Ashimola, de 55 anos, foi declarada morta em fevereiro de 2019, o que deu início a uma disputa judicial sobre sua propriedade em Londres, avaliada em R$ 2,6 milhões.
No entanto, durante uma audiência sobre a posse do imóvel, June apareceu por videoconferência para afirmar que estava bem viva, ainda na Nigéria, e que era vítima de um golpe.
Conforme informações do Daily Mail, ela foi falsamente declarada morta e, como consequência, uma procuração sobre sua casa foi concedida aos cúmplices de Tony Ashikodi, um fraudador que tentou tomar posse da propriedade durante sua ausência, depois de ela ter viajado para o país africano em 2018.
'Caso incomum'
Em outubro de 2022, a procuração sobre o espólio foi concedida a Ruth Samuel em nome de Bakare Lasisi, que afirmava ter se casado com June em 1993. Contudo, o juiz determinou que o suposto "marido" não existia.
A defesa dos acusados alegou que a mulher avistada após a morte de June era alguém se passando por ela. Porém, a mulher que foi dada como morta provou o contrário. "Este é um caso incomum de inventário, pois a falecida diz que está muito viva", afirmou o juiz responsável.
Ele também observou que June deixou o Reino Unido para a Nigéria em 2018 e não retornou desde então, e que as alegações envolviam "fraude, falsificação, falsidade ideológica e intimidação".
Embora June tenha enfrentado problemas de documentação e não tenha conseguido comparecer pessoalmente ao tribunal, o juiz acreditou em sua versão após a apresentação de documentos, como passaportes. "Considero que a Sra. Ashimola está viva e que a certidão de óbito foi falsificada e/ou obtida ou produzida ou inventada de forma fraudulenta", afirmou.
Ashikodi, por sua vez, tem um histórico criminal que pesa contra ele, já tendo sido condenado em 1996 por um crime semelhante ao que agora é acusado, segundo o Daily Mail.
Após analisar as evidências, o juiz deu ganho de causa a June, que agora é oficialmente reconhecida como "viva" e permanece como a legítima dona de sua casa em Londres. Ashikodi foi responsabilizado por "orquestrar" a fraude e tentar "enganar o tribunal", e a procuração foi anulada.


