Irã condena mais três pessoas à morte por envolvimento em protestos
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Nesta segunda-feira, 9, a agência de notícias Mizan Online, do Poder Judiciário do Irã, informou que a Justiça do país condenou mais três pessoas à pena capital por estarem envolvidas nos protestos pela morte da jovem curda Mahsa Amini. A informação gerou reação dos líderes diplomáticos da Alemanha, Noruega e França, que marcaram reuniões com embaixadores iranianos.
De acordo com a agência, os condenados, Saleh Mirhashemi, Majid Kazemi e Saeed Yaghoubi, são apontados pelo envolvimento na morte de três membros das forças de segurança do Irã durante os protestos, que também impactaram reações internacionais.
Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado a respeito das execuções "que se somam a muitas outras violações graves e inaceitáveis dos direitos e das liberdades fundamentais cometidas pelas autoridades iranianas" e, posteriormente, condenaram o anúncio.
O caso
Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, Mahsa Amini, 22, era uma jovem de origem curda que foi acusada de usar de maneira inadequada o hijab, véu islâmico, e consequentemente infringir o código de vestimenta do regime. Ela foi detida e faleceu sob custódia da polícia em 16 de setembro de 2022.
O caso gerou revolta e uma onda de protestos, que já são considerados os maiores desde a Revolução Islâmica de 1979.
Prisões e condenações
Conforme anunciado pela ONU(Organização das Nações Unidas), aproximadamente 14 mil pessoas foram presas desde o início dos atos, sendo atletas, personalidades do cinema, jornalistas e ativistas.
Outras condenações também foram aplicadas a mais duas pessoas pela participação nas manifestações, incluindo o jogador de futebolAmir Nasr-Azadani, 26, que atua em um time local.