Itália: barcos superlotados de migrantes são resgatados na costa do país
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Neste sábado, 11, autoridades do governo da Itália resgataram aproximadamente 1.500 migrantes que estavam em barcos superlotados na região do Mediterrâneo central. Em nota, a guarda costeira italiana informou que mais de 500 pessoas foram retiradas das embarcações e levadas até a cidade de Reggio Calabria, no sul do país.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, outros dois barcos, um com 379 e outro com 487 refugiados, também foi recuperado durante a madrugada (23h de sexta-feira, 10, em Brasília). Os socorristas apontaram que "os resgates foram complexos devido aos barcos sobrecarregados com migrantes e às condições desfavoráveis do mar".
Naufrágio
Conforme noticiado pelo portal UOL, no dia 26 de fevereiro, outro barco com migrantes naufragou em Crotone, comuna próxima à localidade de Calábria, na Itália. Na ocasião, 80 tripulantes foram salvos, 74 pessoas morreram, incluindo 12 crianças, que viajavam do Afeganistão, Irã, Síria e Paquistão.
As equipes de resgate ainda investigam a causa exata do acidente, mas a principal hipótese dos especialistas é a de que a embarcação excedeu o limite de peso e partiu ao meio após ser atingida por uma onda.
Desembarque de migrantes
A Itália é o principal destino dos migrantes, sendo, de acordo com relatório das Nações Unidas, 17 mil registros de entrada no território só no começo de 2023. Porém, estima-se que o número pode ser ainda maior, devido aos casos não registrados oficialmente.
Crise
O governo da primeira-ministra ultradireitistaGiorgia Meloni, que assumiu o cargo em outubro, sofre pressão dos opositores por evidenciar a crise migratória do país. Anteriormente, ela havia prometido reduzir o fluxo de refugiados e aprovou no Parlamento leis que limitam a ação das organizações humanitárias no mar.
Eles acham que podem resolver um problema tão profundo por meio do código criminal e de esforços falsos para parecer durão. O resultado: os desembarques triplicaram com o governo Meloni", criticou Enrico Borghi, senador de centro-esquerda.
Agora, diante das questões políticas, promotores investigam uma eventual responsabilidade dos governantes da Itália nas tragédias.