Joias de ouro representando animais são descobertas em cemitério no Cazaquistão
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Aventuras Na História
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Recentemente, arqueólogos descobriram impressionantes joias de ouro e armas feitas por nômades sármatas em três túmulos datados aproximadamente do século 5 a.C. no Cazaquistão. Essas descobertas revelam mais detalhes sobre os antigos sármatas, e sugere que a região ocidental de Atyrau, ao norte do Mar Cáspio, possivelmente já foi o coração deste grupo.
Segundo o Live Science, os nômades sármatas foram um grupo que dominou o estepe entre a Europa Oriental e a Ásia Central entre os séculos 5 a.C. e 4 d.C.. Eles foram mencionados pela primeira vez em antigos escritos persas inspirados em histórias orais antigas, que sugere que eles teriam feito parte da cultura cita mais ampla de nômades que viveu do Mar Negro até a China.
Posteriormente, os sármatas aliaram-se aos godos e outras tribos germânicas estabelecidas no Império Romano do Ocidente após sua queda no século 5. Há registros inclusive de que eles lutaram até como cavalaria pesada pelo Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente).
Em declaração, o arqueólogo Marat Kassenov, que liderou as escavações, disse que os cientistas consideravam que Atyrau era uma área nos limites dos territórios sármatas. Porém, as novas descobertas podem reescrever o que se pensava sobre a história da região, sugerindo que a área, na verdade, ficava perto do centro.
Vale mencionar que, nos túmulos da região, já foram recuperados mais de mil artefatos relevantes, dos quais cerca de 100 eram ornamentados em ouro e joias do conhecido estilo sármata "animalístico". "Imagens de predadores que habitavam a região naquela época — leopardos, javalis, tigres — podem ser vistas nos itens encontrados", explica Kassenov na declaração.
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Além das joias, os arqueólogos também desenterraram uma variedade de restos humanos, cerâmicas, duas tigelas de madeira — consideradas raras, tendo em vista que a madeira se decompõe facilmente com o tempo — e duas "pedras de toque" pretas com cabo de ouro, possivelmente utilizadas para analisar a pureza de metais, como o ouro.
Túmulos
A maioria das descobertas no local ocorreram entre 2023 e 2024, em meio às escavações do túmulo conhecido como "Karabau-2", segundo a declaração. Esses túmulos, vale destacar, são conhecidos também como "kurgans" na Europa Oriental, expressão originária de uma palavra turca para "monte", que foi adotada em diversas línguas eslavas.
Karabau-2, repercute o Live Science, tem cerca de 3 metros de altura, e forma um monte circular com diâmetro aproximado de 70 metros. Arqueólogos determinaram que ao menos nove enterros individuais foram feitos ali, dos quais apenas dois foram saqueados com o tempo, tornando o local um objeto de estudo importante.
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Além de Karabau-2, também foram escavados outros dois túmulos com entre 10 e 15 sepulturas cada nas redondezas, onde encontraram armas de ferro e bronze, joias, itens domésticos e "pictogramas" de prata, que representam um antílope saiga e um lobo. Outra sepultura ainda continha uma espécie de pulseira de ouro de 370 gramas.
Devido ao alto valor aparente dos artefatos ali escavados, os pesquisadores sugerem que os kurgans foram locais de sepultamento onde diversos sármatas ricos, ou até mesmo sármatas "reais", foram enterrados.
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