Líder neonazista é condenado por conspiração para atacar rede elétrica em bairro negro
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Brandon Russell, de 29 anos, fundador de um grupo neonazista baseado na Flórida, nos Estados Unidos, foi condenado nesta segunda-feira, 3, por conspiração com sua ex-namorada para planejar um ataque à rede elétrica de Maryland, motivado por suas crenças racistas compartilhadas.
De acordo com promotores federais, Russell incitou Sarah Beth Clendaniel a realizar uma série de "ataques de atirador" em subestações elétricas ao redor de Baltimore, ações que poderiam causar danos significativos à rede elétrica regional. A intenção do casal era semear o caos na cidade predominantemente negra, conforme alegações da acusação.
Ambos foram detidos em fevereiro de 2023, antes que seus planos fossem concretizados.
A condenação
Após quatro dias de depoimentos no tribunal federal em Baltimore, o júri composto por 12 pessoas deliberou por menos de uma hora e considerou Russell culpado de uma única acusação de conspiração para danificar uma instalação energética. A sentença de Russell será definida em uma data posterior.
Russell é cofundador da Atomwaffen Division, um grupo neonazista cuja denominação em alemão significa "arma atômica", fundado há alguns anos na Flórida.
Este não foi o primeiro encontro de Russell com a lei. Ele já havia se declarado culpado anteriormente pela posse de um dispositivo destrutivo não registrado e pelo armazenamento inadequado de materiais explosivos, após uma busca em sua residência que resultou na descoberta de materiais altamente explosivos e um arsenal de símbolos, cartazes, livros e bandeiras neonazistas, repercute o The Independent.
No encerramento do julgamento nesta segunda-feira à tarde, o promotor Joseph Baldwin relembrou os testemunhos apresentados, incluindo o de um informante confidencial que se conectou a Russell através do aplicativo Telegram. Segundo os promotores, Russell apresentou Clendaniel ao informante na esperança de que ele pudesse ajudar a obter uma arma para o ataque.
Ele era o líder da equipe cuidando da sua guerreira", afirmou Baldwin ao júri.
A defesa de Russell minimizou seu envolvimento no plano, caracterizando o caso como "uma armadilha desde o início". O advogado Ian Goldstein argumentou que Russell estava na Flórida durante todo o tempo e não tinha planos concretos de viajar para Maryland para participar ativamente do ataque.
Embora ele pudesse ter apoiado esforços para desestabilizar a sociedade moderna e restaurar a supremacia branca, não era um co-conspirador neste caso, enfatizou Goldstein durante sua argumentação final.
"Ele era apenas um torcedor — por mais terrível que isso possa parecer", disse Goldstein. "E isso não é ilegal."