Mãe e filho são resgatados após três anos em confinamento por medo da covid-19
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Após três anos confinados em casa por medo da Covid-19, uma mulher de 33 anos de idade e seu filho, de 10, foram resgatados pela polícia de Gurugram, na Índia, no dia 21 de fevereiro. O resgate, do qual participaram autoridades de saúde e ONGs locais, ocorreu depois que o pai do garoto denunciou o caso à polícia.
De acordo com Sujan Majhi, sua esposa Munmun Majhi o proibiu de voltar para casa quando foi decretado o primeiro lockdown no país, ainda no ano de 2020. A princípio, o homem se hospedou na casa de amigos e parentes, mas, mais tarde, teve de alugar um apartamento para si, já que a companheira não permitia seu retorno.
Como, com o passar do tempo, Munmun não mudou de ideia, Sujan decidiu levar o caso à polícia, que agiu imediatamente.
De acordo com o jornal indiano The Tribune, a denúncia foi feita no último dia 17. Na ocasião, o policial Praveen Kumar fez uma chamada de vídeo com a esposa de Majhi, a fim de verificar a situação.
Inicialmente, suspeitei que fosse uma briga entre marido e mulher, mas quando falei com ela por videochamada, fiquei chocado. Havia muita sujeira ao redor da casa e fiquei emocionado ao ver o rosto da criança que tem a idade do meu filho", disse Kumar.
Anos em confinamento
Segundo o portal de notícias UOL, o filho do casal teria passado os três anos de confinamento sem ter qualquer tipo de contato com pessoas além de sua mãe. Para se manter ocupado, o garoto passava o tempo escrevendo e desenhando nas paredes de casa.
O resgate, como apurou o tabloide britânico The Mirror, foi realizado após uma série de ligações feitas pelo agente de polícia a Munmun.
Eu continuei conversando com ela, perguntando se ela precisava de ajuda, e aos poucos fui ganhando sua confiança. Quando a chamei para vir à delegacia, ela veio, e em seguida buscamos a criança", declarou.
No fim, mãe e filho foram internados no Hospital Civil de Gurugram em estado de saúde crítico, devido principalmente à ausência de sol e saneamento básico. Em breve, ambos devem ser encaminhados para tratamento em ala psiquiátrica.
