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O brasileiro que sobreviveu aos atentados de 11 de setembro
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O brasileiro que sobreviveu aos atentados de 11 de setembro

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Aventuras Na História
25/06/2023 12h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15621879/original/open-uri20230625-18-dm9lwv?1687694661
©Divulgação/ Wikimedia Commons e Divulgação/ Vídeo/ G1
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No dia 11 de setembro de 2001, dois aviões comerciais sequestrados por terroristas da Al-Qaeda, grupo fundamentalista islâmico então liderado por Osama Bin Laden, atingiram as duas torres do World Trade Center, causando seu trágico colapso. 

O episódio causou a morte de 2.996 pessoas e deixou centenas de milhares feridos. Além daqueles que sofreram consequências logo após o desastre, existem aqueles que sofreram com danos de longo prazo à sua saúde como consequência, por exemplo, da poeira inalada durante a queda das construções.

O ataque às Torres Gêmeas é considerado até hoje uma das maiores tragédias que marcou a história dos Estados Unidos. Não é, porém, apenas norte-americanos que foram afetados: Larry Pinto de Faria Jr., um economista nascido na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, também estava presente no momento em que os aviões se chocaram contra os prédios de escritórios. 

Segundo revelado por ele em uma entrevista ao G1 em 2021, estava no meio de uma ligação com um cliente quando ocorreu o primeiro impacto — que foi justamente na torre onde estava, norte. 

Foi um barulho ensurdecedor e uma pancada muito grande no edifício. Quando deu a pancada, o prédio fez um pêndulo até se ajeitar. Eu olhei para o colega que estava do lado e falei: 'vamos embora, que isto aqui vai cair'", relatou Larry

Ele conversou com o veículo em ocasião dos 20 anos do atentado terrorista, que, mesmo após duas décadas, permanecia marcado em sua memória. 

"Eu vejo isso na minha cabeça como se fosse ontem. Eu já falei bastante sobre isso, eu já comentei bastante sobre isso, mas foi uma situação, assim, terrível", acrescentou ele. 

Foto do dia do ataque / Crédito: Wikimedia Commons

 

Sobrevivente

O brasileiro foi um dos primeiros a deixar o prédio: usou a escada de emergência, onde havia ainda bastante organização apesar da situação de pânico, com as pessoas evacuando o local usando o lado da direita, e o lado da esquerda sendo deixado livre para os bombeiros que subiam na direção contrária. 

Um detalhe importante de ser mencionado aqui é que Larry trabalhava no 25° andar, de forma que não estava assim tão longe do térreo para um edifício de 110 pisos. A aeronave que bateu contra a Torre Norte, vale destacar, havia atingido o 105° andar.

Ainda ao telefone, o porto-alegrense relatou que avisou para seu cliente sobre o ocorrido no World Trade Center. Ele ainda não sabia, porém, exatamente o que estava acontecendo. Outros funcionários ao seu redor pensavam se tratar de um bombardeio, o que já havia ocorrido oito anos antes, em 1993. 

O homem com quem o economista brasileiro falava, por outro lado, já sabia que o incidente envolvia um avião comercial — o que lhe fez especular que se tratava de um acidente aéreo comum, sem relação com terrorismo

Mesmo tendo chegado rapidamente à recepção, o caos já se instaurava no local, aonde partes do teto haviam se soltado e o chão era inundado pelos canos de água estourados. Do lado de fora, porém, era ainda pior: 

Antes de sair do prédio, a polícia estava nos orientando a proteger a cabeça porque estava caindo muita coisa do prédio, inclusive pessoas", contou Larry ao G1.
Larry durante entrevista / Crédito: Divulgação/ G1

 

Foi apenas quando havia colocado alguma distância entre si e o World Trade Center que o brasileiro ficou sabendo do segundo avião, este tendo se chocado contra a Torre Sul. Em horror, ele acabou presenciando o momento que os prédios foram ao chão. 

"Eu olhei para o meu lado esquerdo e só vi a antena que tinha na ponta do World Trade Center vindo abaixo. Meu Deus, aquela hora foi um pavor. Foi o único momento, pelo menos, que eu mais tive medo, porque o prédio desabou", relembrou. 

O homem ainda encontrou dificuldade em voltar para casa, uma vez que todos os meios de transporte para fora da região de Manhattan, que é uma ilha, estavam interditados. Foi apenas uma hora e meia mais tarde que ele conseguiu chegar a um local mais seguro e decidiu ligar para sua mãe e sua esposa — ambas morando no Brasil — para assegurar que estava bem e havia sobrevivido ao ataque. 

Vida após o ataque terrorista 

Na época da entrevista, Larry Pinto de Faria Jr. tinha 63 anos e morava em São Paulo, levando uma vida muito diferente da época em que viu a queda do World Trade Center.

Ele teve mais sorte que Ivan Kyrillos Fairbanks-Barbosa, Anne Marie Sallerin Ferreira e Sandra Fajardo-Smith, outros três brasileiros que, infelizmente, estiveram entre as pessoas que faleceram no atentado terrorista. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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