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O desabafo da mulher que ficou presa 20 anos injustamente
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O desabafo da mulher que ficou presa 20 anos injustamente

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Aventuras Na História
17/12/2023 20h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15942288/original/open-uri20231217-56-1s8yg9v?1702843333
©Divulgação/ Vídeo/ Youtube
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Kathleen Folbigg é uma mulher australiana de 56 anos que foi condenada injustamente em 2003 pelas mortes de seus quatro filhos, e foi considerada culpada de três acusações de homicídio e uma de homicídio por negligência. 

Caleb, Patrick, Sarah e Laura morreram antes mesmo de deixarem de ser bebês, e em todos os casos foi sua mãe que os encontrou. Não havia, porém, evidências concretas de que ela fez algo contra sua prole. 

Mesmo assim, Folbigg passou os últimos 20 anos atrás das grades, apenas recuperando sua liberdade após um estudo científico a respeito de seu caso revelar qual seria a verdadeira causa de morte de suas crianças. 

O caso 

Em 1989, a australiana, que era casada com Craig Folbigg, deu à luz o seu primeiro filho, Caleb. O menino, no entanto, viveu por apenas 19 dias. No ano seguinte, em 1990, o casal tentou novamente: a gravidez foi bem-sucedida, e Patrick chegou ao mundo. Ele resistiu até os oito meses antes de, infelizmente, se juntar ao irmão. 

A dupla esperou mais dois anos antes de tentar novamente: em 1992, nasceu Sarah, mas ela também só viveu durante dez meses. Sua última tentativa foi Laura — a bebê que viveu por mais tempo. Nascida em 1999, ela sobreviveu até os 18 meses (1 ano e meio) antes de vir a óbito.  

Montagem mostrando fotos dos quatro bebês em ordem de nascimento / Crédito: Divulgação/ Arquivo Pessoal  

Após o perecimento da quarta criança, a polícia australiana iniciou uma investigação a respeito dos Folbigg para entender a causa da morts. Dois anos mais tarde, a vida de Kathleen estava em declínio: além de estar em luto e ser considerada suspeita pela morte dos quatro filhos, Craig havia se divorciado dela e estava colaborando com as autoridades, que construíam um caso contra ela. 

Conforme repercutiu a CNN internacional, o homem relatou que sua esposa era constantemente "mal-humorada" e que por vezes gritava com os bebês do casal. 

Condenada injustamente 

Em 2003, Kathleen Folbigg foi presa e condenada por homicídio, recebendo uma sentença de 40 anos de prisão. Por anos, ela foi considerada como a pior serial killer da Austrália, e já havia cumprido metade de sua pena quando a ciência ajudou a provar sua inocência.

Os pesquisadores Thomas Bathsurst e Carolina García Vinuesa foram responsáveis por conduzir a pesquisa que devolveu a liberdade à mulher. Eles descobriram que havia a possibilidade considerável de que os bebês, na verdade, tenham falecido devido à presença da mutação genética CALM2-G114R em seu DNA

Os dados levantados por eles, somados à falta de evidências concretas de que Kathleen era culpada, ajudaram a tirá-la da cadeia. Em um vídeo gravado por ela logo após a anulação de sua pena, a australiana descreveu sua libertação como "uma vitória para a ciência e, sobretudo, para a verdade".

Estou extremamente aliviada e agradecida por ter sido indultada e libertada da prisão (...) Durante os últimos 20 anos em que estive na cadeia, sempre pensei e pensarei sempre nos meus filhos, chorei pelos meus filhos, amei-os e senti terrivelmente a falta deles", desabafou, aproveitando a oportunidade para agradecer aos amigos e à família, que a ajudaram a aguentar estas duas décadas de encarceramento. 
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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