'O Enfermeiro da Noite': O serial killer silencioso que inspira filme da Netflix
Aventuras Na História
O filme 'O Enfermeiro da Noite' estreou no catálogo da plataforma de streaming Netflix nesta quarta-feira, 26, já chamando atenção por ilustrar uma macabra história protagonizada por Eddie Redmayne e Jessica Chastain.
O longa-metragem aborda a trajetória de um enfermeiro que confessa ter matado pacientes de alguns dos hospitais onde trabalhou, propositalmente, enquanto eles deveriam receber cuidados médicos.
A história choca espectadores em meio ao diálogo do protagonista com sua companheira de trabalho, que começa a trilhar os passos do colega após a abordagem de investigadores sobre coincidências nos óbitos de idosos dentro da enfermaria das instituições de saúde, sempre falecendo de maneira repentina após o agravamento dos quadros durante internação.
Contudo, se engana quem acredita que o enredo é fruto de uma criação ficcional por parte do diretor dinamarquês Tobias Lindholm, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional por Druk em 2021. A história é, na verdade, inspirada por um caso real, que ocorreu nos Estados Unidos.
A nova obra se baseia na história de Charles Cullen, que tornou conhecido nacionalmente em seu país-natal como um dos serial killers que mais fez vítimas na história, sempre agindo silenciosamente, sendo descoberto no ano de 2003.
Crime real
De acordo com o portal TecMundo, os primeiros sinais de desvio comportamental de Charles surgiram ainda na juventude; quando era adolescente, teve diversas tentativas de suicídio e sequer conseguiu concluir o Ensino Médio, abandonando o colégio.
Para arranjar uma ocupação, alistou-se na Marinha dos Estados Unidos, servindo por uma temporada completa e fazendo um curso de enfermaria ao deixar o órgão oficial.
Logo no primeiro hospital onde foi empregado, localizado em Nova Jersey, o homem confessou ter assassinado ao menos 11 pessoas, sendo a primeira um juiz, que recebeu uma dose letal de medicação por via intravenenosa. Quando passou a levantar suspeitas da direção, deixou o emprego.
Ainda passou por mais dois hospitais, onde atribuiu a própria autoria em dez mortes. A saga coberta pelo filme da Netflix ocorre no último emprego, no Hospital Elson, quando uma colega começou a encontrar vestígios de seus medicamentos.
Em 2003, Charles confessou os crimes, sem possibilitar a exatidão de vítimas que faleceram por sua interferência, mas com duas dezenas confirmadas. Desde então permanece preso, cumprindo uma sentença perpétua.