O que diz a investigação do governo dos EUA sobre OVNIs?
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O Diretório de Inteligência Nacional dos Estados Unidos (DNI, na sigla em inglês), que é um cabinete oficial responsável por liderar os órgãos norte-americanos investigativos, publicou na última quinta-feira, 12, um interessante relatório a respeito de UAPs.
O termo se refere a "fenômenos anômalos não identificados" (originalmente "unidentified anomalous phenomena"), que substituiu OVNIs, referente a objetos voadores não identificados.
A nova sigla, por sua vez, é mais abrangente — são classificados como UAPs também objetos estranhos identificados no mar, em terra firme e até mesmo no espaço sideral. Assim, é necessário destacar que a investigação não tem 'aliens' como foco.
Conforme repercutido pelo The Guardian, o relatório divulgado ao público é uma versão menor que aquele entregue pela entidade ao Congresso Nacional dos EUA. O original, por sua vez, conteria detalhes confidenciais.
O que sabemos
De acordo com as informações disponibilizadas pelo documento, o governo norte-americano investigou em 2022 um total de 510 UAPs. Vale destacar que é um número bem maior que aquele investigado em 2021, quando haviam apenas 144.
Das 366 ocorrências acrescentadas à lista, 247 teriam ocorrido do último relatório para cá, enquanto outras 119 corresponderiam a eventos ocorridos nos últimos 17 anos que não haviam sido propriamente apurados quando aconteceram.
A conclusão do DNI é mista. 200 fenômenos anômalos não identificados puderam ser satisfatoriamente explicados — muitos eram drones, balões ou até mesmo fenômenos climáticos que por um motivo ou outro acabaram alertando os radares das autoridades —, porém todos os outros permanecem um mistério.
Alienígenas?
Embora OVNIs sejam geralmente associados a naves espaciais pilotadas por alienígenas, não é a possibilidade de visitas indesejadas de seres extraterrestres que está motivando os esforços investigativos dos Estados Unidos.
Muito pelo contrário, a ameaça que preocupa as autoridades do país vem daqui da Terra mesmo: isso pois eles suspeitam que alguns dos UAPs podem ser equipamentos militares de nações inimigas.
Alguns desses UAP não caracterizados parecem ter demonstrado características de voo ou capacidades de desempenho incomuns, e requerem uma análise mais aprofundada", afirma o relatório, ainda segundo informado pelo The Guardian.
Um exemplo disso parece ser um vídeo divulgado ainda em 2020pelo Pentágono, que é o Departamento de Defesa dos EUA, que surpreendeu internautas. Confira a curiosa gravação abaixo:
Um detalhe relevante é que uma das maiores limitações a atrapalharem a apuração eficiente desses fenômenos é a falta de detalhes suficientes sendo fornecidos por parte daqueles que identificaram os UAPs. Vale mencionar ainda que a maioria das ocorrências adicionadas de 2021 para 2022 foram documentadas pelas Forças Armadas e pela Marinha norte-americana.
"Muitos relatórios carecem de dados detalhados suficientes para permitir a atribuição de UAPs com alta certeza", acrescenta o documento a certo ponto.
Assim, o DNI não descarta a possibilidade de que muitos dos supostos eventos anômalos que permanecem não identificados sejam, na verdade, fruto de erros humanos ou sensores defeituosos.