'O tempo acabou', diz ministro do Irã em mensagem direcionada a Israel
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Nesta quarta-feira, 18, Hossein Amir-Abdallahian, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, publicou através de sua conta oficial do X, antigo Twitter, uma mensagem direcionada ao governo de Israel.
Depois do terrível crime do regime sionista no bombardeamento e massacre de mais de mil mulheres e crianças inocentes no hospital Batista Al-Ahly Arab [localizado em Gaza], chegou a hora da humanidade se unir contra este falso regime mais odiado que o ISIS e a sua máquina de matar. O tempo acabou", afirmou o político no tweet.
Cenário geopolítico
O contexto do recado é a guerra entre as autoridades israelenses e o Hamas, grupo palestino islâmico de vertente sunita que habita a Faixa de Gaza.
Outro detalhe importante é que a expressão "sionismo" se refere a um movimento político que defende a existência de um Estado judaico soberano no território correspondente à Palestina histórica. A criação de Israel como país em 1948 foi resultado deste movimento. Vale apontar, porém, que nem todos os judeus são favoráveis ao sionismo.
O clima de tensões entre os judeus e árabes no Oriente Médio remonta justamente a esta questão — grupos como o Hamas acreditam que a expulsão dos palestinos do território foi injusta, e que a população de Israel está realizando uma ocupação ilegítima do local no decorrer das últimas décadas.
Expansão da guerra?
Em seu tweet, portanto, Hossein Amir-Abdallahian se posicionou pró-Palestina e contrário ao Estado de Israel. Essa postura preocupa autoridades internacionais por possivelmente indicar que o governo do Irã está planejando se envolver também no conflito.
Conforme repercutiu o New York Times, o Ministro das Relações Exteriores do Irã também fez uma declaração semelhante em entrevista à televisão estatal iraniana:
O tempo está se esgotando muito rápido. Se os crimes de guerra contra os palestinos não forem imediatamente interrompidos, outras frentes múltiplas serão abertas e isso é inevitável", afirmou ele na ocasião.