Os brasileiros que despareceram após o ataque do Hamas em Israel
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Nesta segunda-feira, 9, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que ao menos três brasileiros continuam desaparecidos, após os ataques do grupo Hamas contra Israel. Segundo o Itamaraty, todos possuem dupla nacionalidade.
O governo brasileiro não chegou a divulgar oficialmente os nomes dos desaparecidos, mas dois deles tiveram sua identidade divulgada pela Embaixada de Israel no Brasil. O terceiro nome continua sob sigilo.
Conforme repercutido pelo G1, Ranier Glazer e Bruna Valeanu estavam em uma rave no sul do país, localizada próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, quando o local foi atacado no sábado, 7. Estima-se que ao menos 260 pessoas morreram após o incidente, segundo o jornal The Times of Israel.
Ranani Glazer
Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, nasceu em Porto Alegre e estudou no Colégio Israelita, na capital gaúcha. Ele mora em Israel há cerca de sete anos e possui cidadania israelense. Ranani cumpriu o serviço militar em Israel e reside em Tel Aviv com alguns amigos, onde desempenha a função de entregador.
Segundo seus familiares, ele estava na festa com a namorada, Rafaela Treistman, e um amigo no momento do ocorrido. Em suas redes sociais, ele postou um vídeo onde é possível ouvir o som dos foguetes. Na gravação, ele relata o momento do ataque.
Cara, eu juro que essa situação não tem como inventar. No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho", afirmou Ranani em um stories do Instagram.
Bruna Valeanu
A outra identidade confirmada pela Embaixada de Israel no Brasil é de Bruna Valeanu, do Rio de Janeiro, cuja família não obteve nenhuma notícia desde o sábado, 7. Nathalia, irmã da jovem desaparecida, afirmou ao G1 que mantém a esperança na possibilidade de um possível sequestro, “senão, eu acho que é isso, ela não sobreviveu”.
Ela [Bruna] foi para esta festa, estava com um grupo grande de amigos, muitos brasileiros e israelenses. Ela acabou se separando, na hora do ataque, das outras amigas dela, que já se salvaram. Ela ficou em um grupo onde estava o Liam, um amigo do trabalho, que é israelense. A última coisa que conseguimos foi a localização dela por mensagem. Era uma localização perigosa, onde os terroristas entraram armados em caminhonetes, tanques, motos”, relatou Nathalia ao G1.