'Os EUA tomarão conta da Faixa de Gaza', diz Trump em discurso inflamado
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Durante coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca na terça-feira à noite, 4, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu que o país "tomará conta" da Faixa de Gaza.
A região, agora devastada pela guerra, será "possuída" pelos EUA, segundo Trump, que endossou o discurso de limpeza étnica dos palestinos, conforme repercutido pelo The Guardian.
Após ameaças contra a Groenlândia, Panamá e o Canadá — que ele sugeriu que deveria se tornar o 51º estado do país —, Trump alegou que Gaza poderia se tornar a "Riviera do Oriente Médio"; se recusando a descartar o envio de tropas norte-americanas caso necessário.
"A única razão pela qual os palestinos querem voltar para Gaza é que eles não têm alternativa",disse o presidente. "Agora é um local de demolição. Este é apenas um local de demolição. Praticamente todos os prédios estão em ruínas".
Os palestinos
Em sua argumentação, Donald Trump alegou que os palestinos poderiam viver suas vidas em "paz e harmonia" em outros lugares. "Os EUA tomarão conta da Faixa de Gaza e nós faremos um trabalho com ela também. Nós a possuiremos e seremos responsáveis por desmantelar todas as bombas perigosas não detonadas e outras armas no local".
Se for necessário, faremos isso, assumiremos essa parte, desenvolveremos, criaremos milhares e milhares de empregos, e será algo de que todo o Oriente Médio poderá se orgulhar muito".
Corroborando com o discurso do líder do país, o secretário Marco Rubio postou em seu X, antigo Twitter: "Os Estados Unidos estão prontos para liderar e Tornar Gaza Bonita Novamente. Nossa busca é por uma paz duradoura na região para todas as pessoas".
Por fim, Trump apontou que apoiará o reassentamento dos palestinos "permanentemente" em outra região, mas sem dar detalhes de como será esse processo — contradizendo o compromisso do ex-presidente Joe Biden contra o deslocamento em massa de palestinos.
"No que diz respeito a Gaza, faremos o que for necessário", disse sobre a possibilidade de usar a força militar do país na região. "Se for necessário, faremos isso".