Ossos que possivelmente pertenceram a Beethoven são doados a museu em Viena
Aventuras Na História
Após ter sido resguardado por décadas nos Estados Unidos, os ossos, que se acredita que pertenceram ao compositor Ludwig van Beethoven, foram doados para o Museu Josephinum, da Universidade Médica de Viena, na Áustria.
Paul Kaufmann, um empresário estadunidense, encontrou fragmentos de um crânio em um cofre, que pertenceu a sua mãe, após o falecimento da mesma em 1990. O crânio, que estava armazenado em uma lata rotulada “Beethoven”, foram encontrados na residência do tio-avô de sua falecida mãe, chamado Franz Romeo Seligmann.
Analisando cartas e documentos, Kaufmann descobriu que Seligman, antropólogo, historiador e médico, adquiriu os ossos do crânio em 1863, durante o segundo sepultamento do compositor, para fins de aprendizagem. Conforme repercutido pela CNN Brasil, as peças levam o nome de "Fragmentos de Seligmann", em homenagem a ele.
Meu tio-avô era professor de história médica e tinha experiência em crânios e antropologia porque colecionava crânios.”, explicou Kaufmann.
Busca por respostas
Em uma carta escrita em 1802 para seus irmãos, chamada “Testamento de Heiligenstadt”, Beethoven expressou seu desejo de que o médico Johann Adam Schmidt, descobrisse a natureza de suas enfermidades após sua morte. Até o seu falecimento em 1827, o compositor possou por muitos problemas de saúde, como perda auditiva e doenças hepáticas.
Markus Müller, reitor da universidade, agradeceu a doação de Kaufmann e esclareceu o que ela significa para a história de Beethoven.
O Josephinum também é o local apropriado para a aquisição dos fragmentos, uma vez que o médico de Beethoven, Johann Adam Schmidt, também foi professor no Josephinum e o próprio Beethoven, durante sua vida, desejou que sua doença fosse estudada e pesquisada após sua morte.”, afirmou Müller.
Desde seu falecimento, biógrafos médicos pesquisaram incessantemente pela causa de seu complicado histórico de saúde e também de sua morte. Trabalhando com base em seus diários e nos relatórios de sua autópsia, os especialistas mantêm a esperança de encontrarem as respostas.