Parlamento Europeu reconhece o Holodomor como genocídio
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Nesta quinta-feira, 15, o Parlamento da União Europeia reconheceu o período chamado de 'Holodomor' — também referido como a 'Grande Fome' da Ucrânia Soviética; quando houve o extermínio de milhões de ucranianos durante o governo da União Soviética —, como um genocídio por parte do regime vigente na época, de Josef Stalin.
De acordo com informações da ANSA publicadas no UOL, a aprovação do Parlamento Europeu se deu com 507 votos favoráveis à alegação de que o período deveria ser considerado um genocídio, contra somente 12 contrários e outras 17 abstenções.
O texto aprovado diz que a fome "artificial causada por uma política deliberada do regime soviético em 1932 e 1933 foi um genocídio contra o povo ucraniano."
Por fim, ainda no texto do Parlamento Europeu, é pedido para que "todos os países e organizações internacionais" sigam o mesmo caminho da União Europeia, enquanto também critica e aponta similaridades entre o regime de Vladimir Putin e de Stalin pela "manipulação da memória histórica."
Holodomor
O 'Holodomor', também conhecido como 'Fome-Terror' ou 'Grande Fome', foi um período, de 1932 a 1933, em que a população da Ucrânia — na época, parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) — sofreu com um extermínio de mais de 3 milhões de pessoas por inanição do governo, após a decisão de Joseph Stalin de confiscar toda a produção agrícola do país.
Até os tempos atuais, porém, a grande crise é debatida especialmente pelo governo ucraniano, que afirma que as políticas adotadas por Stalin foram, na verdade, uma ação proposital do regime comunista para submeter os camponeses locais, que ainda resistiam à coletivização das lavouras, à fome e incentivando a exportação dos grãos produzidos para o financiamento da industrialização da União Soviética.
No entanto, a Rússia — principal país, atualmente, da antiga URSS — sempre afirmou que o 'Holodomor' nunca foi intencional, e que outras nações soviéticas também sofreram na época.