Bolo envenenado: o que acontece após morte da principal suspeita?

O caso do bolo envenenado que chocou o Brasil em dezembro de 2024 ganhou um novo capítulo. Deise Moura dos Anjos, a principal suspeita de ter preparado o doce com arsênio, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. O crime, que aconteceu durante uma confraternização de Natal, resultou na morte de três pessoas e deixou outras duas hospitalizadas.

A Tragédia do Bolo com Arsênio

Tudo começou em 23 de dezembro de 2024, quando Zeli dos Anjos preparou um bolo para a família. O que parecia um gesto de carinho escondia uma armadilha mortal: a farinha usada no preparo estava contaminada com arsênio. Seis pessoas comeram o doce, mas apenas três sobreviveram. Neuza dos Anjos, Maida da Silva e Tatiana Denize não resistiram ao veneno e morreram. 

As investigações apontaram que Deise Moura dos Anjos poderia ter tentado envenenar outras pessoas em eventos anteriores, mas o plano só se concretizou naquela noite de Natal. A polícia também descobriu que o sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, morreu em setembro de 2024 após consumir arsênio. A exumação do corpo de Paulo aconteceu em janeiro de 2025, e a perícia confirmou a presença da substância tóxica.

As Investigações e a Morte de Deise

Com a morte de Deise Moura dos Anjos, as investigações ganharam um novo rumo. O delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, afirmou que os inquéritos estão em fase final, com previsão de conclusão até 20 de fevereiro. Apesar da suspeita de envenenar bolo e outros crimes, a morte de Deise extingue a punibilidade, ou seja, ela não poderá ser indiciada.

Segundo o advogado Vinicius Lapetina, especialista em Processo Penal, o caso deve ser encaminhado ao Ministério Público. Se comprovarem que Deise agiu sozinha, arquivarão o processo. Enquanto isso, abriram um novo inquérito para investigar as circunstâncias da morte da suspeita.

O Impacto do Caso na Comunidade

O crime do bolo envenenado deixou marcas profundas na comunidade de Torres, no litoral gaúcho. Além das vidas perdidas, a tragédia levantou questões sobre a segurança e os laços de confiança entre as pessoas. A família de Zeli dos Anjos, que sobreviveu ao envenenamento, ainda tenta se recuperar do trauma.

Enquanto isso, as investigações seguem para esclarecer todos os detalhes desse caso complexo. A morte de Deise Moura dos Anjos pode ter encerrado a possibilidade de punição, mas as histórias das vítimas e o impacto desse crime continuarão vivos na memória de todos.

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