Peru classifica 'múmias extraterrestres' exibidas em Congresso no México

Em setembro de 2023, o ufólogo e jornalista mexicano Jaime Maussan chamou atenção de todo o mundo ao apresentar, durante um debate promovido na Assembleia Pública para Regulação de Fenômenos Aéreos Não identificados, na Câmara dos Deputados do México, supostos restos mumificados de criaturas não humanas que se pareciam bastante com uma representação comum de um alienígena.

Pouco depois, descobriu-se que os objetos apresentados eram falsos. Mas só recentemente, nesta última sexta-feira, 12, uma investigação forense realizada no Peru finalmente considerou o caso apresentado como uma fraude, conforme anunciado pelo Ministério Público. Vale mencionar que a importância do Peru na história se deve ao fato de as "múmias" terem sido divulgadas como encontradas em Nazca, no Peru.

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A conclusão disso em termos simples: é uma fraude. Não são extraterrestres, não são uma nova espécie", disse o arqueólogo Flavio Estrada, do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, em coletiva de imprensa.

Estrada ainda pontuou, conforme repercutido pelo UOL, que aqueles objetos apresentados no Congresso eram bonecos montados com ossos de animais e cola, enquanto apresentava as conclusões da investigação. Ele ainda se refere à equipe que exibiu os bonecos como "um grupo de pseudocientistas".

Relembre o caso

Era 13 de setembro quando uma audiência foi convocada no Congresso mexicano pelo deputado Sergio Gutiérrez. Nela, foram apresentados dois pequenos sarcófagos com supostos corpos de seres alienígenas que teriam sido encontrados em Nazca, no Peru, o que provocou grande alvoroço não só no país mas em todo o mundo — afinal, ainda hoje nunca houve uma comprovação da existência de vida extra-terrestre semelhante aos ETs que podemos ver em filmes.

Segundo Maussan, aqueles corpos se pareciam morfologicamente com os de humanos, e foram achados em 2017 entre as localidades de Palpa e Nazca, ao sul do Peru. "São seres que não são parte de nossa evolução terrestre", disse na ocasião. Ele ainda acrescentou que uma análise de carbono 14 da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) apontou que os seres tinham "cerca de 1.000 anos de idade."

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De fato, em 2017 quatro funcionários da universidade San Luis Gonzaga, de Ica (onde se encontra Nazca) anunciaram ter feito "a grande descoberta arqueológica do século 21", após terem encontrado os corpos. No entanto, eles estavam em meio a acusações de terem alterado-os para que fossem apresentados como de extra-terrestres.

A mentira então só foi desmascarada pela promotoria peruana depois que as duas supostas múmias foram analisadas.