Pesquisadores interrompem autópsia de baleia devido ao risco de explosão
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No último dia 9, uma baleia encalhou na Irlanda, em Baile Uí Chuill Strand, no condado de Kerry. Após uma tentativa do Grupo Golfinhos e Baleias (IWDG, em inglês) de realizar uma autópsia no animal, os especialistas foram forçados a interromper o procedimento devido ao risco de explosão, conforme repercutido pelo portal Galileu.
Em uma entrevista ao Irish Examiner, uma das funcionárias do IWDGA, Stephanie Levesque, explicou esse fenômeno. Quando um animal dessa espécie morre, seu intestino se enche de gás metano, o que infla o cadáver, fazendo com que o mesmo flutue pelo oceano e encalhe em algum litoral, como ocorreu com a baleia que apareceu em Kerry.
Ao portal Live Science, Stephanie também esclareceu que, quando combinado com oxigênio, o metano encontrado no interior das baleias pode provocar uma explosão espontânea devido ao agravamento da pressão com os cortes realizados durante uma autópsia, por exemplo.
A baleia encontrada no litoral da Irlanda, de nome científico Balaenoptera physalus, é o segundo maior mamífero do planeta e pode alcançar até 25 metros de comprimento. Sua espécie está na lista das vulneráveis à extinção, em razão da poluição dos oceanos, mudança climática e da pesca de krills, seu alimento primário.
Tensão
Ao conversar com o Irish Examiner, Stephanie recordou os momentos de tensão ao tentar realizar a autópsia do animal:
Peguei óleo de baleia, barbatanas e pele. Ia tentar coletar um pouco de músculo, mas ouvi alguns barulhos e fiquei tipo: isso vai explodir na minha cara se eu for mais a fundo.", afirmou Levesque.
Após perceber que o animal não iria explodir, a pesquisadora disse ao Live Science que ela e seus colegas chegaram à conclusão que a baleia poderia se decompor naturalmente:
Havia alguns sons de efervescência, mas nada que me levou a acreditar que realmente explodiria. O abandono da necrópsia foi uma medida de precaução para garantir que a cavidade do corpo ficasse intacta", disse Stephanie.