Pesquisadores resolvem mistério sobre sepultura da Idade do Ferro de 2 mil anos
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Em 1999, arqueólogos encontraram uma sepultura da Idade do Ferro nas Ilhas Scilly, localizadas a sudoeste da península da Cornualha, na Inglaterra. Desde então, iniciou-se um debate: os restos mortais encontrados com um espelho e uma espada seriam de um homem ou uma mulher?
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O debate de mais de duas décadas parece ter sido esclarecido por meio de uma nova pesquisa liderada Historic England, que revelou o gênero da pessoa enterrada há mais de 2.000 anos: uma guerreira da Idade do Ferro.
"Nossas descobertas oferecem uma excelente oportunidade para reinterpretar este importante enterro", disse Sarah Stark, bióloga esquelética humana da Historic England ao Daily Mail.
Eles fornecem evidências de um papel de liderança para uma mulher na guerra na Idade do Ferro", continua.
O achado
Há 24 anos, durante as escavações, arqueólogos encontraram uma espada de liga de cobre e um escudo — ambos comumente associados a homens. Mas no local também havia um espelho de bronze que, segundo especialistas, normalmente indicaria que os restos pertenciam a uma mulher.
Para determinar o gênero correto dos restos mortais, os cientistas já haviam realizado análises de DNA e avaliações visuais, mas a investigação não rendeu muitos frutos por conta da deterioração dos ossos.
Porém, recentemente, o estudo investigou a proteína de pequenos pedaços de esmalte dentário, onde o DNA sobrevive por muito mais tempo: "O esmalte dos dentes é a substância mais dura e durável do corpo humano. Ele contém uma proteína com links para o cromossomo X ou Y, o que significa que pode ser usado para determinar o gênero", disse Glendon Parker, professor de toxicologia ambiental da Universidade da Califórnia em Davis.
O local do enterro da guerreira é o mais rico túmulo da Idade do Ferro encontrado até hoje no sudoeste da Inglaterra e o único na região a conter armas. Tanto a espada quanto o espelho estão em exibição no Museu das Ilhas Scilly.