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Polícia investiga tentativa de compra de voto por R$1,5 mil em aldeia do Xingu
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Polícia investiga tentativa de compra de voto por R$1,5 mil em aldeia do Xingu

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Aventuras Na História
27/10/2022 19h19
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15268276/original/open-uri20221027-18-dhim9c?1666900751
©Reprodução / Vídeo / G1
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Em uma aldeia do Xingu, no Mato Grosso, uma denúncia de tentativa de compra de votos está sendo investigada pela Polícia Civil. Foram oferecidos R$ 1,5 mil  para indígenas apoiarem os candidatos que estavam em um santinho. 

Como informado pelo G1, em um vídeo é possível ver que o secretário de Agricultura de Marcelândia, Lincoln Alberti Nadal, conversa com um cacique — que fez a denúncia — que devolve o dinheiro, mas mesmo assim o homem insiste.

Lincoln Alberti Nadal esteve na aldeia Tuba-Tuba do Povo Yudjá Juruna antes do primeiro turno. Ele, acompanhado de outros dois homens, ofereceu o valor como “recompensa” para o voto nos candidatos indicados por ele.

"Esse dinheiro, a gente não vai pegar. Esse dinheiro, a gente vai devolver porque a nossa organização não aceita isso. Para o dinheiro atender um povo, tem que ser um dinheiro que resolve nosso problema, tem que ser conversado com a prefeitura ou com o prefeito, com o pessoal da Saúde, Secretaria de Saúde, só assim a gente aceita. Agora, um dinheiro que aparece de repente, isso a nossa organização não aceita”, disse o cacique ao receber o valor do secretário. 

Nadal insiste e cita uma conferência, que segundo os representantes da aldeia, como repercutido pelo UOL, seria realizada naquele mês, chamada de Conferência da Medicina Tradicional. Mesmo com a recusa, o homem persiste perguntando se os indígenas queriam comprar alimentos e combustíveis com esse valor. 

Representante dos candidatos, a Coligação “Mato Grosso Avançando, Sua Vida Melhorando”, afirmou que, apesar do vídeo, a denúncia é frágil e que acionou a Justiça Eleitoral, solicitando a apuração dos casos.

Cobraremos rigorosa apuração dessas acusações e punição dos responsáveis por divulgar fatos inverídicos", diz a nota.

Candidatos indicados

Nessa “cola eleitoral” os nomes que aparecem são do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL),  Mauro Mendes (União Brasil), reeleito governador estadual, Wellington Fagundes (PL), eleito senador, Fábio Garcia (União Brasil), eleito deputado federal e  Silvano Amaral (MDB), que ficou como suplente para deputado estadual. 

A denúncia contra o secretário foi registrada pelas lideranças que procuraram a Polícia Civil. Segundo a Promotoria Regional Eleitoral, a denúncia foi registrada por conduta irregular e eventual abuso de poder e captação ilícita de sufrágio. Devem ser ouvidos o secretário e o piloto do barco.

A promotoria oficiou a Delegacia de Polícia de Marcelândia para instauração de inquérito para apuração dos fatos. Para serem tomadas as providências, o MPF aguarda cópia do inquérito. O caso ainda está sendo investigado. 

Segundo a coligação “Mato Grosso Avançando, Sua Vida Melhorando”, a “cola” entregue aos indígenas não foi produzida pela campanha majoritária ou pelos candidatos.

Ao G1, aldeia informou que não aceita esse tipo de abordagem e por isso ficaram revoltados. Não houve autorização para a entrada na terra indígena e as comunidades das aldeias não foram consultadas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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