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Qatar importou toneladas de areia para dar continuidade às construções para a Copa do Mundo
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Qatar importou toneladas de areia para dar continuidade às construções para a Copa do Mundo

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Aventuras Na História
21/11/2022 21h10
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15305296/original/open-uri20221121-18-ur8c3f?1669065410
©Getty Images
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O Catar, país sede da Copa do Mundo de 2022, é conhecido pelas paisagens de dunas,  praias paradisíacas e ilhas artificiais. Para receber o evento esportivo da FIFA, o país do Oriente Médio precisou importar areia para manter as atrações turísticas das cidades e dar continuidade às construções feitas especialmente para receber o público do Mundial. 

De acordo com uma análise feita para o portal UOL, Beatriz Mattiuzzo, oceanógrafa e mestranda em Práticas de Desenvolvimento Sustentável, afirmou que, para ser útil para a construção, os grãos de areia precisam ter uma certa angulosidade, como os encontrados em leitos, margens de rios e em alguns locais da costa:

Os grãos encontrados no deserto, por exemplo, costumam estar muito desgastados. É o que faz com que um país como o Qatar, com enormes áreas desérticas, tenha que importar areia”, explica. 

O material também é usado para combater os processos erosivos de praias, como a famosa Pearl Island, criada no Oriente Médio e cosiderada “atração imperdível” em Doha, no Qatar. 

Impactos 

Na América Latina e na África, a competição por extração areia cresceu nas últimas décadas, movimentando grupos criminosos que também entraram no comércio e retiram megatoneladas do recurso para vender ilegalmente. Segundo relatório do Modern Slavery in the Construction Industry, a atividade também está relacionada ao trabalho forçado de crianças. 

Além das consequências econômicas e sociais, a extração do material gera grandes impactos ambientais, uma vez que danifica as paisagens naturais. Dados do Transnational Crime and the Developing World e no relatório da UNEP-INTERPOL - Rise of Environmental Crime, ainda mostram que a extração ilegal de areia seria o terceiro crime de maior faturamento em escala mundial, com valores entre US$ 199,98 bilhões e US$ 349,98 bilhões.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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