Relembre a descoberta da tumba decorada de um médico dos faraós, no Egito

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Sacará, conhecida também como Saqqara, é uma famosa necrópole egípcia que remonta a mais de cinco mil anos e atualmente integra a lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. O local destaca-se por suas fascinantes pirâmides, mosteiros e valiosos artefatos.
Uma equipe de arqueólogos franceses e suíços fez uma descoberta notável enquanto investigava as tumbas dessa área. Eles encontraram uma sepultura que se distingue das demais, apresentando decorações intricadas e coloridas, conforme reportado em um anúncio realizado em janeiro. Relembre a descoberta!
O dono da tumba
A análise das inscrições na parede da câmara funerária revelou que esta tumba pertenceu a Teti Neb Fu, um médico que serviu aos antigos faraós do Egito.
Ele ainda possuía diversos títulos de prestígio, incluindo o cargo de médico-chefe do palácio do rei Pepi II, que governou durante o século 23 a.C.
Além disso, era sacerdote, dentista-chefe e responsável pela administração de plantas medicinais — designações raras registradas em poucas sepulturas daquela época.

Complementando seu currículo, Teti Neb Fu também era considerado mago da deusa Sélquis, divindade representada na forma de um escorpião e associada ao tratamento de mordidas e picadas venenosas.
O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, em comunicado, destacou a relevância desta descoberta em um comunicado, enfatizando que “essa incrível descoberta se soma ao rico legado de Saqqara como um dos sítios arqueológicos mais importantes do Egito”.
Apesar dos indícios de saques antigos na área, as paredes da tumba permanecem em estado intacto, proporcionando uma rara oportunidade de vislumbrar a vida cotidiana e as práticas culturais do Reino Antigo.
A equipe de pesquisadores contextualizou os achados arqueológicos. Em uma postagem relacionada à recente descoberta, eles expressaram surpresa pelo fato de que a região havia sido extensivamente saqueada ao longo dos milênios.

“Do material funerário, restaram apenas pequenos fragmentos deixados pelos saqueadores, mas as decorações da tumba são suficientes para tornar a descoberta excepcional a ponto de ser anunciada oficialmente pelo Ministério de Antiguidades.”, detalharam. “É fácil esquecer que elas têm 4 mil anos!”


