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Russos se reúnem em homenagem um ano após morte de Navalny
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Russos se reúnem em homenagem um ano após morte de Navalny

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Aventuras Na História
17/02/2025 11h44
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©Getty Images
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Neste domingo, 16 de fevereiro, ao menos 1.500 russos se reuniram ao redor do túmulo de Alexei Navalny em Moscou, para homenageá-lo em seu primeiro aniversário de morte. Advogado, ativista, blogueiro e político, ele ficou conhecido principalmente por ser o principal opositor do Kremlin.

Na ocasião, pequenos grupos e indivíduos marcharam em direção ao cemitério de Borisovskoie, em Moscou, onde Navalny foi enterrado. Uma longa fila de pessoas buscando prestar homenagem foi formada no local.

Segundo a Folha de S. Paulo, diversos canais no Telegram favoráveis ao Kremlin aconselhavam as pessoas a não irem ao cemitério, alertando sobre a existência de um "grande irmão" sempre à espreita. Ainda assim, pelo menos 1.500 pessoas se reuniram no local.

Navalny morreu no dia 16 de fevereiro de 2024, sob circunstâncias que ainda são bastante misteriosas. Ele estava detido em uma prisão na cidade de Vladimiro, e vários líderes mundiais acusaram Putin de se envolver com o caso, visto que o opositor foi envenenado.

Liudmila Navalnaya, mãe do opositor, disse em um breve discurso: "Todo mundo sabe quem ordenou [o suposto assassinato]. Mas queremos saber quem executou, quem permitiu que acontecesse e quem fez isso", e pediu pela punição dos responsáveis pela morte de seu filho.

Além dela, vários diplomatas ocidentais também participaram da homenagem; e, fora da Rússia, a viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, que assumiu a liderança de seu movimento, participou de um evento em Berlim, onde moram muitos opositores do Kremlin.

Inimigo do Kremlin

Navalny começou a chamar atenção pública na Rússia em 2012, em meio a protestos contra a terceira reeleição de Putin. Ele já atuava como blogueiro, denunciando a corrupção do governo federal, e antes disso já foi preso em 2011 por participar de uma manifestação não autorizada. Em 2013, após sua notoriedade, surpreendeu mais uma vez ao ficar em segundo lugar para a eleição de prefeito de Moscou.

Em 2018, Navalny liderou uma série de protestos organizados pela internet em toda a Rússia, contrários à autoridade do governo e ao próprio Putin. Naquele ano, ele foi impedido de disputar a eleição presidencial, e desde então vinha trabalhando em prol de candidatos anti-Kremlin.

No fim de 2020, Navalny foi envenenado em uma dessas missões em Tomsk, na Sibéria, o que levantou grande suspeita de que teria sido organizado pelo governo russo. No entanto, Putin minimizou essa teoria, dizendo que, caso o Estado quisesse Navalny morto, ele já estaria.

O opositor foi levado em coma para a Alemanha, onde foi tratado, e retornou a Moscou em janeiro de 2021. Porém, ele foi preso mais uma vez, acusado de descumprir regras de sua liberdade condicional, o que causou grande revolta nacional.

Ele fez greve de fome enquanto estava preso, e sua pena foi ampliada para 11,5 anos de prisão, eventualmente. Desde o início da invasão na Ucrânia por Putin, ele começou a denunciar a guerra. Até que, em 16 de fevereiro de 2024, ele foi encontrado morto dentro de sua cela.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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