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Seita Satânica: Como era a facção criminosa que cultuava Satanás?
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Seita Satânica: Como era a facção criminosa que cultuava Satanás?

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Aventuras Na História
24/12/2023 12h00
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Em 2006, o Primeiro Comando da Capital (PCC) parou a cidade de São Paulo: houve rebelião em 73 presídios, além de inúmeros ataques coordenados através da mais populosa capital do país, resultando nas mortes de 564 pessoas, com 505 delas sendo civis, e outros 59 sendo agentes de segurança pública.

A onda de crimes — que ocorreu em retaliação ao anúncio de que Marcola, o líder do PCC, seria transferido para uma penitenciária de alta segurança —, serviu para consolidar o poder da facção criminosa, hoje a mais influente do território brasileiro. 

Antes da hegemonia do Primeiro Comando da Capital pelos presídios do Brasil, porém, havia um outro grupo criminoso com grande poder que se denominava de "Seita Satânica". 

Fotografia de Carandiru em ruínas / Crédito: Sérgio Andrade/ Prefeitura São Paulo

Satanismo 

Assim como seu nome sugeria, seus membros se diziam praticantes do satanismo: eles faziam rituais em que se banhavam com sangue ou queimavam suas mãos (por acreditarem que o cheiro de carne queimada agradava Lúcifer), por exemplo. 

Em 2017, o Intercept Brasil realizou uma entrevista exclusiva com Diorgeres de Assis Victorio, um agente penitenciário que acompanhou de perto a facção criminosa satanista. 

O grupo surgiu por volta dos anos 70, por isso sendo considerado como a mais antiga facção criminosa brasileira, contudo só começou a ganhar força na década de 90, quando sua liderança foi assumida por Idelfonso José de Souza — que passou a cumprir pena no Carandiru em 1994 e era venerado pelo restante dos integrantes. 

Ao Intercept, Diorgeres contou sobre a primeira vez que revistou uma cela habitada por presos pertencentes à Seita Satânica

Quando entrei na cela, o mais marcante era o cheiro: um cheiro de podridão. Nas paredes havia símbolos de estrelas de cinco pontas e cruzes invertidas, tridentes e escrituras em uma língua que não pude reconhecer. Também vi repetições do número 666 e desenhos de Baphomet e do olho de Lúcifer. Havia cachimbos, charutos, muitas velas e as roupas pretas que eles usavam todo dia e que hoje já não são permitidas nas cadeias", relembrou. 

A parte mais perturbadora da revista, porém, estava embaixo da cama dos criminosos: eram vasilhames com sangue velho, a origem do fedor que preenchia o local. O agente penitenciário, todavia, não chegou a descobrir se era sangue animal ou humano. 

Os outros agentes não gostavam de se envolver com ‘os caras do demônio’. Alguns ficavam até com receio de pegar um feitiço e tocar nos objetos deles. Aos poucos, meio que me tornei o único encarregado", acrescentou ele. 

Mais tarde, quando o PCC tomou o controle do Carandiru, muitos membros da Seita Satânica acabaram sendo assassinados, assim reduzindo seu poder. Diorgeres os descreveu como "reclusos" em 2017, quando ainda persistiam como facção, mas se dedicavam menos às disputas territoriais e mais aos seus rituais. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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