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Sepultura de jovem xamã do Neolítico é descoberta em Jerusalém
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Sepultura de jovem xamã do Neolítico é descoberta em Jerusalém

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Aventuras Na História
08/02/2025 17h47
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16458642/original/open-uri20250208-55-zshnw4?1739037160
©Divulgação/Khalaily et al
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Durante escavações no sítio arqueológico de Motza, em Jerusalém, pesquisadores descobriram uma tumba surpreendente. Datada do período Neolítico B Pré-Cerâmico, entre 7.100 a.C. e 6.700 a.C., a sepultura escondia os restos mortais de uma jovem do sexo feminino, que aparentemente exercia algum papel espiritual importante em sua comunidade, possivelmente como uma espécie de xamã.

Após análise anatômica, os pesquisadores sugerem que ela tinha mais de 15 anos quando morreu, mas um fato curioso é que sua mão esquerda possuía seis dedos. Vale destacar que, em diversas culturas antigas, características físicas incomuns eram vistas como marcas de distinção e um sinal de que aquela pessoa era escolhida pelos deuses, de forma a desempenhar papéis místicos importantes.

Ao lado dos restos mortais, também foram desenterrados objetos funerários que reforçam a teoria, como colares de pedra verde e joias de madrepérola. A descoberta foi descrita em um artigo publicado na revista Atiqot.

No sítio arqueológico, foram encontrados diversos sepultamentos, muitos que incluíam decorações, como pulseiras de pedra, pingentes e contas. As pulseiras de pedra, conforme explicam os pesquisadores ao portal grego Enikos, aparentemente eram associadas a rituais de transição entre a vida e a morte.

Fotografia tirada durante as escavações em Jerusalém / Crédito: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel

Rituais antigos

Conforme repercute a Revista Galileu, o período Neolítico é considerado, historicamente, como um ponto de vida para a humanidade, visto que foi nessa fase que o estilo de vida nômade foi abandonado, e surgiram os primeiros grandes assentamentos.

Essa mudança na estrutura social permitiu o desenvolvimento de novas tecnologias, domesticação de plantas e animais, além de transformarem a economia e o sistema de crenças e rituais das sociedades.

Alguns estudos sugerem, inclusive, que os rituais dos povos que viveram em Jerusalém geralmente eram realizados em grandes edifícios designados a esse propósito, muitos dos quais com algum tipo de conexão com a água. Por exemplo, nos edifícios escavados mais recentemente, foram encontradas instalações de coleta de água, ou eles já se encontravam perto de fontes naturais de água.

"A descoberta do antigo túmulo da xamã em Motza oferece novas evidências sobre o mundo espiritual das comunidades que viveram cerca de 10 mil anos atrás, e sobre quão complexas e ricas eram suas crenças culturais", explica o diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, Eli Escusido, ao Enikos. "Objetos pessoais, como joias e artefatos rituais, nos ajudam a descobrir os sistemas de percepção, classes sociais e papéis sociais da época".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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