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Trabalhador humanitário perde braço e perna em ataque na Ucrânia
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Trabalhador humanitário perde braço e perna em ataque na Ucrânia

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Aventuras Na História
17/02/2025 21h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16465385/original/open-uri20250217-18-17eqiru?1739828081
©Reprodução/Base UA
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Edward "Eddy" Scott, um trabalhador humanitário britânico de 28 anos, perdeu o braço e a perna esquerdos em um ataque de drone enquanto realizava uma evacuação civil na linha de frente da Ucrânia. O incidente ocorreu em janeiro, na cidade de Pokrovsk, quando o veículo blindado da equipe da Base UA, organização para a qual Scott trabalha, foi atingido.

Após o tratamento inicial, o britânico precisará passar por um longo processo de reabilitação, que inclui cirurgias plásticas para remodelar os cotos e a colocação de próteses. No entanto, devido à gravidade de seus ferimentos, ele pode precisar de equipamentos de altíssima qualidade, que não são fornecidos pelo sistema de saúde ucraniano.

A Base UA, organização que fornece abrigo e ajuda a evacuar pessoas em zonas de combate, agora busca formas de financiar as próteses. A situação é urgente, já que o trabalhador humanitário precisa iniciar o processo de reabilitação o mais rápido possível.

Em entrevista ao The Independent, Scott compartilhou a realidade da linha de frente na Ucrânia: "A última vez que fui [a Pokrovsk], estava piorando. Fica pior a cada vez que entramos, a cada dia há mais casas destruídas".

Eddy também fez questão de desmistificar a ideia de que aqueles que se recusam a deixar suas casas durante as evacuações são simpatizantes dos russos. Segundo ele, há uma forte conexão com a terra e com o lar, e as pessoas têm o direito de escolher se querem ou não sair de suas casas.

"Tivemos que gravar um vídeo dele dizendo: 'Vou ficar'", contou Scott sobre um homem que se recusou a deixar sua casa na linha de frente. "Não podemos forçar as pessoas a irem embora. Tem que ser escolha delas".

Segunda casa

Eddy, que se diz "apaixonado pela Ucrânia", reconhece que há um histórico de pressão sobre os ucranianos para deixarem o país. "Então, quando chegamos e dizemos, você tem que sair de casa. Isso os assusta, isso realmente os assusta", explica.

Segundo o 'Independent', após o ataque, a Weatherman Foundation se ofereceu para financiar a recuperação inicial do rapaz. No entanto, os custos com próteses e reabilitação ainda são incertos.

Uma campanha de arrecadação de fundos online já arrecadou mais de £100 mil (R$ 720 mil) para ajudar o britânico em sua recuperação. O valor será destinado aos custos médicos futuros, reabilitação e outras despesas associadas.

"Eu realmente me sinto amado e a velocidade com que isso aconteceu", disse Scott ao Independent sobre a arrecadação de fundos. "Eu vim para a Ucrânia para nada mais do que ajudar as pessoas".

Scott, que não tinha família na Ucrânia antes de vir ajudar em outubro de 2022, agora considera o país como seu lar. Ele pretende comprar uma casa e se estabelecer por lá, onde tem amigos e uma afilhada.

"Agora recebi oportunidades que não tinha antes e, para ser honesto, me foi dado um futuro", afirma Eddy, que encontrou um "senso de propósito" em "ajudar outras pessoas e retribuir".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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