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Último Tanaru, o 'Índio do Buraco', é enterrado em Rondônia dois meses após morte
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Último Tanaru, o 'Índio do Buraco', é enterrado em Rondônia dois meses após morte

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Aventuras Na História
05/11/2022 13h50
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©Divulgação/Txai Surui
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Na última sexta-feira, 4, finalmente o homem conhecido como 'Índio do Buraco', um grande auxiliar na redução de danos do agronegócio nas terras indígenas. A cerimônia de sepultamento, por sua vez, foi dirigida pelo indígena Purá, do povo Kanoé, com a presença, ainda, de alguns funcionários da Funai.

Para a cerimônia, alguns dos rituais e tradições mais comuns entre os povos da região foram feitos, tendo sido o Tanaru sepultado na mesma palhoça em que morreu. Além disso, vale destacar que os costumes funerários específicos dos Tanaru foram perdidos, e por isso não foram utilizados no enterro do 'Índio do Buraco', visto que todos os outros da tribo foram assassinados em 1995.

Raras fotografias do 'Índio do Buraco', que vivia isolado e faleceu no último mês de agosto
Raras fotografias do 'Índio do Buraco', que vivia isolado e faleceu no último mês de agosto / Crédito: Reprodução/Funai

O caso

O corpo do 'Índio do Buraco' foi encontrado há mais de dois meses, no dia 23 de agosto, mas seu sepultamento demorou tanto tempo pois o presidente da Funai, Marcelo Xavier, queria aguardar laudos de exames da Polícia Federal para tentar identificar, principalmente, a etnia dele.

Tanaru era o último índio sobrevivente de sua tribo, e era conhecido como 'Índio do Buraco' devido ao seu hábito de fazer grandes escavações. As ações dele foram feitas individualmente nos últimos 25 anos, desde a morte das outras pessoas da tribo.

O que acontecerá com as áreas?

Desde a morte de Tanaru, fazendeiros locais demonstram interesse em suas terras, e fizeram pedido a Funai para que pudessem ter direito à área — o que a fundação já estuda revogar a restrição.

No entanto, o Ministério Público Federal já fez recomendação para que a Funai adote medidas pra a preservação do local como terra indígena, como informado pelo g1.

A terra que é indígena pertence à União, com o direito de posse e usufruto aos povos indígenas. Não há mudança dessa natureza pelo fato de o Índio do Buraco ter falecido. Ela permanece como terra da União e terra indígena", alega procurador Daniel Luís Dalberto, do MPF- RO.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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