Home
Notícias
Anvisa decide se mantém proibição de cigarros eletrônicos no país
Notícias

Anvisa decide se mantém proibição de cigarros eletrônicos no país

publisherLogo
ICARO Media Group TITAN
19/04/2024 20h12
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16173382/original/open-uri20240419-73-109swef?1713558614
©Dan Kitwood - 2014 Getty Images
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Antônio Barra Torres, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), decidiu manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como vapes ou cigarros eletrônicos. A votação ocorre nesta sexta-feira (19) e teve como base o processo 25351.911221/2019-74, relatado por Barra Torres.

O presidente da Anvisa argumenta que a consulta pública aberta em dezembro de 2023 não apresentou argumentos científicos capazes de alterar as evidências já apresentadas anteriormente pela instituição. Durante a consulta, que contou com 13.930 manifestações, 37% dos participantes foram favoráveis à manutenção da proibição dos cigarros eletrônicos, enquanto 59% expressaram opiniões diferentes, contrárias ou com outras ponderações. Entre os profissionais de saúde, 61% avaliaram positivamente a proibição, enquanto 32% afirmaram que os efeitos foram negativos.

O relator do processo ainda mencionou a Orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em dezembro de 2023, que aponta para a maior utilização de cigarros eletrônicos por crianças de 13 a 15 anos em comparação aos adultos, em todas as regiões da OMS.

A ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) também foi citada por Barra Torres, destacando que permitir a comercialização dos DEFs não seria efetivo no combate ao mercado ilegal, e que, mesmo com a permissão do comércio de cigarros, o contrabando ainda persiste.

Barra Torres ressaltou ainda a carga tributária que a regulamentação dos cigarros eletrônicos poderia trazer ao país e citou um trecho da manifestação da ACT, que alega que os eventuais ganhos em taxas e impostos que a liberação dos DEFs traria não seriam capazes de compensar os custos que o aumento do tabagismo acarretaria ao sistema de saúde.

Diversas evidências científicas comprovam que os cigarros eletrônicos, assim como os convencionais, causam danos à saúde cardiovascular, respiratória e neurológica do usuário, além de provocarem dependência devido à presença de altas concentrações de nicotina. Um estudo recente realizado na China e publicado na revista Scientific Reports concluiu que fumantes de cigarros convencionais e eletrônicos possuem o mesmo risco de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica, e esse risco aumenta ainda mais entre aqueles que fazem uso dos dois tipos de cigarro.

Com base nas melhores evidências científicas disponíveis, a OMS não recomenda que os governos permitam a venda de cigarros eletrônicos como produtos de consumo com o objetivo de cessação do tabagismo. Barra Torres ressaltou a importância de proteger o público de alegações enganosas sobre a segurança e eficácia desses produtos, e afirmou que estratégias de cessação devem ser baseadas em evidências disponíveis e complementadas por outras medidas de controle do tabaco.

O processo agora será votado pelos demais membros da diretoria colegiada da Anvisa. Enquanto isso, há um projeto de lei em tramitação no Senado que propõe a regulamentação dos cigarros eletrônicos. Caso aprovada, essa legislação poderia derrubar a proibição estabelecida pela Anvisa.

Este artigo foi criado por humanos via ferramenta de Inteligência Artificial e não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também